MP denuncia cinco por corrupção na Saúde em São Manuel

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MP denuncia cinco por corrupção na Saúde em São Manuel 20 julho 2012

Os diretores da empresa Paulistana, Manuel Seabra Suarez e Marcela Badaró Dias e os ex-diretores dos Negócios Jurídicos da prefeitura de São Manuel, Paolo Bruno; de Administração e Finanças, José Fernando Ardemani: e de Saúde, Carlos Marcílio Balestrero Júnior foram denunciados pelo Ministério Público por crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato e fraude ? Lei de Licitações de corrupção. Essas cinco pessoas foram presas dia 28 de junho, durante a “Operação Paraíso”, por suspeita de serem integrantes esquema de desvio de recursos da saúde daquela Cidade.

A prisão dessas pessoas foi deflagrada numa ação do Ministério Público (MP), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denominada de “Operação Paraíso” que cumpriu mandados de prisões e de busca e apreensão na Prefeitura Municipal da Cidade, contando com apoio da Polícia Civil e Militar de São Manuel e da Polícia Federal de Bauru. Além dos desvios, está sendo investigada suposta fraude em concurso público da prefeitura para o preenchimento de mais de 50 funções.

As equipes entraram na Prefeitura e permaneceram no seu interior por cerca de 90 minutos e vasculharam as salas onde as pessoas que foram presas atuavam. Também realizada vistoria no Hospital Casa Irmandade Pia São Vicente de Paulo com o mesmo propósito. Foram apreendidos cerca de R$ 900 mil em dinheiro, um Land Rover, um Audi A6, cinco automóveis nacionais, duas motos importadas e 17 relógios de luxo avaliados em mais de R$ 120 mil, bens que atingem o montante de R$ 500 mil.

Apurou o MP que o desvio de dinheiro público ultrapassou R$ 1.4 milhão. Em razão disso, no mês de maio, a prefeitura só tinha R$ 100,00 em caixa para gastar com a Saúde até o final deste ano. A falta de medicamentos nos postos de saúde pública fez com que houvesse uma suplementação de verba, autorizada pelos vereadores da Câmara Municipal.

Com as investigações, o MP entendeu que existiram indícios de que os acusados desviaram dinheiro, através de um contrato sem licitação feito entre a prefeitura e o Hospital Casa Pia São Vicente de Paulo, para gerenciamento dos postos do Programa de Saúde da Família (PSFs) da cidade. O hospital, por sua vez, teria subcontratado a Empresa Paulistana de Saúde Ltda., sob o comando dos dois empresários, para executar os serviços, que não teriam sido prestados.

Com o fim das prisões temporárias, a prisão preventiva dos empresários e então diretores foi pedida ? Justiça em razão da “gravidade dos fatos apurados, da existência de testemunhas ameaçadas com identidade protegida e outras evidências no sentido de que os investigados tentaram a todo o tempo atrapalhar as investigações, ocultando provas, influenciando testemunhas e combinando depoimentos para fugir ? s responsabilidades”.

Para piorar ainda mais a situação dos acusados, o MP também destaca que há fortes indícios de que as empresas relacionadas ao grupo atuaram de forma semelhante nas cidades de Araçatuba e Penápolis e estavam tentando implementar o mesmo esquema nas cidades de Pratânia, Limeira, Lorena e Valinhos, entre outras, inclusive no estado da Bahia.

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