Mais de 700 cirurgias são canceladas durante greve dos funcionários da saúde em Bauru

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Mais de 700 cirurgias são canceladas durante greve dos funcionários da saúde em Bauru 04 maio 2017

 

Reprodução TV TEM

A greve dos funcionários da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) completa 35 dias de paralisação nesta quinta-feira (4) e desde o início do movimento mais de 700 cirurgias foram canceladas, segundo a diretoria. O Ministério Público entrou no caso e determinou que alguns setores, como UTI por exemplo, trabalhem em 100% da capacidade. De acordo com a promotoria isso vem sendo cumprido pelos grevistas.

Cerca de 300 grevistas reivindicam entre outros pedidos, 9% de reajuste salarial. A Famesp ofereceu 3% no salário base. Os funcionários do Hospital Estadual, do Hospital de Base, do Manoel de Abreu, da Maternidade Santa Isabel e do Ambulatório Médico de Especialidades aguardam uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho em Campinas sobre o dissídio da categoria.

“Nós tivemos um prazo de 15 dias para a manifestação e 15 dias para a defesa. Então seguindo a determinação do Tribunal. Após esses prazos, o processo segue para julgamento”, explica o advogado do sindicato Evandro Garcia.

De acordo com a Famesp, o principal reflexo da greve é o cancelamento de cirurgias eletivas, aquelas que não são urgentes. Do início do movimento até o fim de abril, a Famesp contabilizou 670 cirurgias eletivas canceladas.

O Ministério Público Estadual está acompanhando de perto o desdobramento da paralisação. A promotoria tem realizado reuniões com o sindicato da categoria e com a Famesp para garantir atendimento das chamadas “áreas sensíveis” dos hospitais. Nestas áreas se concentram as UTI´s e outros serviços como hemodiálise, hemodinâmica e esterilização de instrumentos.

O Ministério Público que já tinha exigido 100% de atendimento nesses segmentos garante que o acordo assinado entre as partes na promotoria está sendo cumprida. “Com isso visa simplesmente preservar todo o equipamento e as pessoas envolvidas nas áreas sensíveis dos hospitais para que não tenhamos risco a saúde das pessoas”, diz o promotor de justiça Henrique Varonez.

Fonte G1

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