A Polícia Civil de Jaú conseguiu identificar quadrilha que roubava dados de usuários da Internet, fazia compras utilizando cartões solicitados indevidamente em nome deles e revendia os produtos, dividindo os valores obtidos de forma criminosa. A organização chegava a pagar entre R$ 50,00 e R$ 100,00 para que moradores da cidade cedessem seu endereço para a entrega das mercadorias.
De acordo com o titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú, Marcelo Aparecido Tomaz Goes, o primeiro integrante da quadrilha especializada em golpes virtuais foi preso no último dia 15 após investigações feitas pela unidade.“H.D.A.M.F., de 26 anos, natural de Jaú, foi flagrado com celular comprado em nome de uma vítima junto a uma loja da Internet a partir de cartões solicitados indevidamente em nome dessa pessoa, a partir de dados coletados na Internet”. Ele teve prisão preventiva decretada e, a partir daí, a DIG identificou outros dois moradores de Jaú, de 22 e 26 anos, que também integram o esquema criminoso, além de L.H.Z., 24 anos, preso temporariamente nesta terça-feira em Guariba, na região de Ribeirão Preto.
Com L.H.Z., que é dono de uma loja física de roupas em Guariba, os policiais apreenderam diversos produtos que podem ter sido comprados por meio dos golpes virtuais. Segundo o delegado, a suposta venda das mercadorias ilegais na loja será investigada. “L.H.Z. realizava as compras pela Internet, enquanto H.D.A.M.F. arrumava os endereços na cidade de Jaú para que os produtos comprados fossem entregues, pagando aos moradores de R$ 50,00 a R$ 100,00 para recebimento dos mesmos”, conta Goes.
De acordo com o titular da DIG, o valor obtido com a venda das mercadorias, em sua maioria aparelhos eletrônicos e peças de roupas, era dividido entre eles. Nos próximos dias, a Polícia Civil deverá representar pela prisão temporária dos dois. “As investigações prosseguem a fim de identificar outras vítimas e demais participantes”, revela. Até o momento, mais de dez vítimas da quadrilha já foram identificadas pela DIG.
Aula de crime
Em depoimento à polícia, L.H.Z. declarou que aprendeu a roubar dados de usuários da Internet por meio de vídeo postado em um canal virtual. A partir daí, segundo o delegado titular da DIG, Marcelo Aparecido Tomaz Goes, ele contou que teve acesso a um grupo que troca informações sobre como aplicar golpes pela rede mundial de computadores. “Além da pessoa física, a loja que vendeu o produto e a administradora do cartão também são vítimas dos golpistas”, declara o delegado.
Fonte: Jcnet
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