Com duração de 12 meses, a iniciativa estimula o uso do bambu por pessoas em vulnerabilidade social de Pardinho
Instituto Jatobás, organização da sociedade civil responsável pela gestão do Centro Max Feffer, anuncia a segunda edição do Cuesta Bambu, um programa com duração de 12 meses, que visa estimular o uso do bambu como matéria-prima para produção de produtos de alto valor agregado, apresentando novas possibilidades de geração de renda para pessoas em vulnerabilidade social e valorizando o artesanato como potência econômica.
Além disso, o programa O integra a economia criativa, estimula o empreendedorismo e o desenvolvimento regional por meio do artesanato, tendo o bambu como matéria-prima, por sua versatilidade e abundância na região.
Dedicado aos moradores de Pardinho, maiores de 18 anos e com renda familiar de até dois salários mínimos, o programa tem o objetivo de contribuir para oferecer oportunidades de geração de renda, por meio da valorização do artesanato como potência econômica do território, além de amplificar as possibilidade que o bambu oferece a produções manuais.
Os interessados não precisam ter experiência com artesanato. A previsão é iniciar as atividades em janeiro de 2025 e os interessados já podem se inscrever pelo formulário online ou diretamente no Centro Max Feffer.
Durante 12 meses, os participantes vão conhecer toda a cadeia produtiva do bambu, desde a identificação das diferentes espécies e o preparo de mudas até os métodos de tratamento. Eles também aprenderão sobre sistemas construtivos com bambu e suas diversas aplicações em produtos e acessórios de moda.
O objetivo é criar peças sustentáveis com acabamento refinado e alto valor agregado, transformando todo esse conhecimento em uma atividade econômica. A iniciativa também inclui técnicas de vendas e marketing, além de um plano de acompanhamento durante e após o programa, para produção e comercialização.
Ao todo 20 alunos serão selecionados para o Cuesta Bambu 2024, e eles, além da formação técnica, também poderão desenvolver suas habilidades e competências socioemocionais, em um aprendizado fundamental para o sucesso de negócios criativos, especialmente em contextos de vulnerabilidade social. As oficinas serão realizadas na Fazenda dos Bambus e haverá transporte para os alunos, saindo do município de Pardinho até o local. Para participar, também é preciso ter disponibilidade de horários para frequentar as atividades durante a semana.
“O Cuesta Bambu é um projeto muito importante para nós aqui do Instituto Jatobás. É o reconhecimento da pluralidade do bambu como matéria-prima e com potencial de gerar impacto social muito positivo. O programa oferece a possibilidade de transformar a vida de famílias a partir do desenvolvimento de um produto sustentável, gerando benefícios para o meio ambiente e a economia local”, destaca Madalena Carneiro, referência local na Gestão do Programa no Instituto Jatobás.
“Em todas as nossas trilha formativas também priorizamos o desenvolvimento socioemocional que faz parte dos pilares do Instituto, pois acreditamos que o fortalecimento da autoestima é essencial para que cada um reconheça seu potencial, valorize seus talentos e ganhe mais confiança para ser um empreendedor de sucesso”, completa.
Segundo o IBGE, Pardinho tem 41,48% de sua população ativa em trabalhos formais ou informais, sendo que 28,2% das pessoas têm renda nominal mensal per capita de apenas meio salário mínimo ou até menos (dados de 2022). Por isso, a segunda edição do programa Cuesta Bambu reforça o compromisso do Instituto Jatobás de diminuir a exclusão social e fortalecer o desenvolvimento comunitário, promovendo a circulação de recursos dentro do território.
Por meio dessa trilha formativa gratuita, os participantes aprenderão a desenvolver produtos de alto valor agregado, usando uma matéria-prima orgânica e sustentável, para se inserir em um mercado em expansão. Segundo relatório da empresa de pesquisa Research and Markets, entre 2019 e 2023, o setor de moda sustentável cresceu 30% em escala mundial.
O próprio Centro Max Feffer, inaugurado em 2008, destaca o potencial do bambu em seu projeto arquitetônico. Desenvolvido pela arquiteta e urbanista Leiko Motomura, considerada pioneira no emprego de materiais alternativos na arquitetura brasileira, o espaço é reconhecido mundialmente como exemplo de construção sustentável em bambu. O Centro Max Feffer atrai visitantes do Brasil e do exterior, sendo primeiro edifício da América Latina a receber o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema de certificação e orientação ambiental de edificações mais usado no mundo, e ainda teve uma menção honrosa na 8ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, em 2009.
O Instituto Jatobás está presente há quase 20 anos em Pardinho e hoje atua com foco na empregabilidade, na redução da desigualdade social e acesso à cultura, Em 2023, mais de 120 pessoas participaram de cursos técnicos e programas educacionais realizados no Centro Max Feffer, desenvolvidos a partir dos três pilares da organização: acolhimento e assistência socioemocional, capacitação técnica e conexão com o mercado e acompanhamento profissional. A primeira turma do Cuesta Bambu recebeu 20 participantes que, em quatro meses de formação, exploraram técnicas de tratamento, preservação e criação de peças exclusivas de design em bambu, com orientação técnica da especialista em artesanato e sustentabilidade.
Funcionamento:
Centro Max Feffer:
De terça a sexta-feira, das 8h00 às 18h00. Aos sábados, das 8h00 às 17h00.
Domingos e feriados, abertura de acordo com a programação.
Local: Praça Ademir Rocha da Silva, Pardinho – SP.
Para mais informações sobre atividades e acesso ao equipamento via WhatsApp: (14) 99879-2760.
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