A Instituição é referência no procedimento e a que mais realiza transplantes no Brasil e em todo Hemisfério Sul
O centro de Transplante de Medula Óssea do Hospital Amaral Carvalho comemorou nesta semana uma importante marca: quatro mil transplantes realizados desde a sua implementação, em 1996, em pacientes de todos os estados brasileiros.
A Instituição é referência no procedimento e considerada o centro que mais realiza transplantes no Brasil e em todo Hemisfério Sul do mundo, ou seja, dentre todos os países que ficam abaixo da linha do Equador.
“Estamos todos muitos satisfeitos por chegarmos ao transplante de número quatro mil. O paciente que recebeu a medula é uma criança e o tipo de transplante é o haploidêntico, sendo o pai o doador”, informou o médico responsável pelo serviço, Vergílio Rensi Colturato.
A unidade foi a primeira do Brasil a realizar o transplante de células tronco hematopoeticas alogênico (TCTH), utilizando sangue de cordão umbilical placentário, de uma unidade de banco de sangue brasileiro, em 2004.
O médico destaca que, para chegar a esse número, muito precisou ser feito. “Temos hoje na nossa retaguarda vários laboratórios de alta complexidade. Contamos com o apoio estratégico e imprescindível do Hemonúcleo Regional de Jaú. Lembro ainda a importância do treinamento de recursos humanos por nós desenvolvido, principalmente a residência medica em Transplante de medula Óssea existente há sete anos. Temos uma equipe de enfermagem treinada e especializada em transplante com atuação decisiva no cuidado destinado ao paciente”, comenta.
Após o pico de casos da Covid-19, a unidade retornou ao patamar de 20 transplantes por mês nos últimos cinco meses, sendo, 55% deles alogênicos.
Todo esse investimento é reconhecido também cientificamente. “É estimulante o fato de que a atividade clínica por nós desenvolvida, associada ao trabalho desenvolvido nos laboratórios de maior complexidade, têm proporcionado a apresentação de vários trabalhos científicos em congressos, assim como publicações em revistas especializadas nacionais e internacionais, incluindo, muitas vezes, estudos cooperativos com outros serviços” diz o médico.
Estrutura
Atualmente, o serviço conta com 27 leitos de internação e aproximadamente 140 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e profissionais das equipes multidisciplinares.
“Além de humanizado, O atendimento precisa ser especializado, com uma equipe capacitada para atender as necessidades e demandas dos pacientes em todas as fases do transplante”, diz a supervisora de enfermagem do Ambulatório e Unidade de Internação da TMO e Unidade de Hematologia, Ana Claudia Ferrari dos Santos.
Além da estrutura hospitalar, o Hospital Amaral Carvalho é um dos poucos centros de transplantes de medula óssea do país que mantém casas de apoio para oferecer gratuitamente hospedagem e alimentação aos pacientes que vêm até Jaú para o tratamento e não têm condições de arcar com essas despesas. Assim, o paciente fica próximo ao hospital pelo tempo necessário para acompanhamento médico nos primeiros dias após o transplante.
São, anualmente, 60 mil diárias de hotelaria e 300 mil refeições com cardápio especializado. Com toda essa estrutura, os índices de sucesso no resultado dos transplantes do HAC estão entre os melhores do país.
“Essa marca só foi possível porque a diretoria da Fundação Amaral Carvalho tem uma visão desenvolvimentista e sempre apoiou o crescimento do serviço de Transplante de Medula Óssea, inclusive, recentemente, inauguramos a nova unidade de internação. Precisamos valorizar ainda o Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que sempre nos apoiaram na viabilização desse importante serviço”, completou Vergílio Colturato.
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