O sonho dos moradores que receberam há pouco tempo as chaves das casas do Conjunto Habitacional na Vila Belém em Itatinga tem sido levado com a chuva. A falta de infraestrutura dos bairros vizinhos, de onde a água vem direto por falta de galerias pluviais, causa alagamentos e prejuízos.
Em nota, a CDHU informou que o problema vem de um terreno vizinho ao conjunto habitacional, que não possui sistema de drenagem, fazendo com que a água transborde para o terreno das moradias populares. Informou também que o conjunto é regularizado e foi aprovado em todas as instâncias necessárias.
O problema é que os moradores como a Tatiane Silva dos Reis que se mudou para o conjunto há pouco mais de um mês tem sofrido com os estragos. Na parede ainda tem as marcas do barro. “A geladeira está descascando, a parede e o chão estão encardidos. O duro é que eu tenho filho pequeno e vem essa água contaminada, é perigoso.”
O conjunto conta com 34 apartamentos, parte foi entregue em julho e outra parte em setembro. A obra foi executada pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo. O terreno foi cedido pela prefeitura.
A prefeitura abriu uma vala em um terreno particular que fica ao lado do conjunto para tentar evitar que a água chegue até as moradias. A cabelereira Viviane Ribeiro, que já viu a água invadir a casa, não está muito confiante nessa medida provisória. “Já dá para você ver que é um serviço mal feito que aquilo não vai dar conta de nada. Pode até ser que entre água ali, mas depois de ter alagado tudo aqui dentro.”
Não confiantes, os moradores abriram um buraco, construíram uma espécie de vala, para tentar fazer com que a água escoe daqueles dias em que chove um pouco mais. Mas segundo a autônoma Solange de Souza não tem adiantado muito. “Em dia de chuva a gente até mexe lá nos fundos para não entrar na cozinha, mas não adianta. A água entra na cozinha.”
A preocupação só aumenta já que a previsão para os próximos meses é de bastante chuva. “Eu olho todo dia para janela para ver a chuva. Tem que tomar providência”, diz Tatiane.
A prefeitura diz que o problema não está no condomínio, e sim nos bairros vizinhos que não tem infraestrutura adequada. “O projeto já existe, a única questão é que a prefeitura não dispõe de recursos financeiros próprios para realizar essas galerias que já é de conhecimento do governo do estado e federal. Para pedirmos recursos financeiros para execução dessas obras que já estão em fase de projeto nós dependemos de emendas do governo”, explica o chefe de gabinete João Vitor Lopes.
Fonte: G1/TV Tem
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