A navegação da Hidrovia Tietê Paraná, administrada pelo Departamento Hidroviário do Estado (DH), movimentou este ano 9,7 milhões de toneladas de produtos, o que equivale a 277 mil carretas tipo bi-trem/ano. São cargas que deixam de ser transportadas pelas rodovias do Estado.
O crescimento foi de 9% frente ao ano passado, quando o movimento chegou aos 8,9 milhões de toneladas. As principais cargas transportadas são soja, farelo de soja, milho, areia e cana-de-açúcar.
A Tietê-Paraná é das mais importantes vias para o escoamento da produção agrícola dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais.
O sistema de eclusas viabiliza a passagem pelos desníveis das represas existentes nos dois rios, dos quais Bariri, Ibitinga e Barra Bonita ficam na região de Bauru.
Para manter as boas condições de navegação e continuar o crescimento de suas movimentações, o DH está investindo na contratação de empresa de engenharia para prestação de serviços de manutenção de balizamento e sinalização, incluindo topografia e batimetria.
O valor do contrato é de R$ 9,2 milhões, por um prazo de 12 meses. A manutenção será executada em todo trecho paulista da hidrovia, composto por 800 quilômetros.
Prevista para o final de 2019, está em andamento a obra de derrocamento do Canal à jusante de Nova Avanhandava, executado em cerca de 10 quilômetros da hidrovia, justamente no ponto mais crítico para a navegação. Com a escavação, o canal de navegação de acesso à eclusa de Nova Avanhandava ganhará mais 2,4 metros de profundidade.
Além disso, a obra irá possibilitar a compatibilização do uso do reservatório tanto para navegação como para geração de energia em épocas de maior estiagem, a exemplo da ocorrida em 2014 e 2015, sem trazer qualquer prejuízo à navegação e ao transporte de cargas. A obra foi iniciada em fevereiro de 2017, com investimento de R$ 200 milhões.
A Hidrovia Tietê-paraná possui 2.400 km de extensão, sendo 1.600 km no Rio Paraná, sob a responsabilidade da Administração da Hidrovia do Paraná – AHRANA (ligada ao Ministério dos Transportes) e 800 km no Estado de São Paulo, sob administração do DH. Conecta seis dos maiores estados produtores de grãos: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Fonte: Jcnet
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