A procissão de Corpus Christi é considerada um dos eventos religiosos que movimenta a economia, mobiliza a comunidade para confecção de mosaicos feitos de serragens e atrai visitantes aos municípios. Ibitinga, Vera Cruz e São Manuel são consideradas as duas cidades com eventos mais tradicionais, mas Barra Bonita, Pratânia, Torrinha, Agudos entre outros municípios também têm procissão que atrai milhares de fiéis. Neste ano, a data é celebrada nesta quinta (31).
Os tapetes de Corpus Christi são uma tradição católica popular. A expressão latina significa o “Corpo de Cristo”, cuja comemoração tem o nome completo de “Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo”.
A tradição de fazer o tapete com folhas e flores teve origem em Portugal e chegou ao Brasil por intermédio dos imigrantes açoiranos e ainda é mantida nos Açores, porém com menos intensidade nas cidades portuguesas.
Em São Manuel, a procissão completa 70 anos e é considerada um evento que atrai visitante para conhecer os tapetes. O professor Paschoal Vitagliano Grimaldi, conhecido pelo apelido de Pazitto, 84 anos, acompanhou uma das organizadoras dessas festas religiosas, Tereza Mazzulo, que influenciou a mudança na forma de confecção dos tapetes de serragens com a introdução de desenhos que coloriam as ruas.
Antes de 1940, as procissões eram enfeitadas somente com flores. “A descoberta de novas tintas ajudaram a reproduzir muitas cores”, lembrou o professor aposentado de desenho Paschoal Grimaldi.
A Prefeitura de São Manual lançou um selo comemorativo e está homenageando Tereza Mazzulo, falecida em 1996, considerada a responsável em transformar a procissão de Corpus Christi em evento turístico e de inovar na confecção dos tapetes.
Em Ibitinga, também se mantém a tradição, que se transformou em geração de renda para o comércio em geral. A partir de 1981, o ex-secretário de turismo da prefeitura Adolfo Holtzer e o padre Eutimio Ticianelli decidiram utilizar tecido e bordado para decorar as ruas. Isso estimulou o comércio e a data é considerada a melhor de todo o ano para a venda de enxovais e de produtos feitos de bordado. A secretária de Turismo, Comércio e Indústria, Érica Banuth, conta que cerca de 200 ônibus de excursão com visitantes vêm à cidade para participar da procissão e fazer compras.
Na região, outras cidades mantêm a tradição, como Vera Cruz, também conhecida no Estado por fazer tapetes com serragens e símbolos do Santíssimo que se transformam em verdadeiras obras de arte.
PROCISSÃO ALAVANCA ATÉ O COMÉRCIO
Na região, o Corpus Christi de Ibitinga tem um diferencial em comparação a outras cidades: no feriado o comércio ibitinguense fica aberto até 17h
A fé e a economia estão juntas em Ibitinga. O município, conhecido como a “Capital do Bordado”, promove uma procissão de Corpus Christi diferente em comparação a outras cidades. O feriado, neste ano, será no dia 31 de maio (quinta-feira) e mobiliza também o comércio da cidade. Em tempo de retenção econômica, o evento religioso serve para alavancar as vendas da cidade, conhecida no Estado pela produção têxtil. Mas o lado religioso é preservado. A procissão será às 16h em dez quadras em volta da igreja Matriz Senhor Bom Jesus com a decoração sendo feita pelos lojistas que usam os tecidos para a decoração das ruas onde vai passar os fiéis católicos.
O calendário previamente planejado estabelece até uma missa para os turistas, às 10h30. O comércio abre às 8h e só fecha as portas às 17h. Neste ano, a prefeitura decidiu organizar melhor toda a infraestrutura oferecida aos visitantes. Não é só setor têxtil que fatura com a data, há feiras de artesanato organizadas com participação de mais de 300 expositores e praça de alimentação.
A secretária de Turismo, Comércio e Indústria de Ibitinga, Érica Banuth, explica que a data deste feriado religioso é considerada a melhor do ano para alavancar as vendas das fábricas e comércio em geral. Em outras cidades, geralmente é o Natal, mas na “Capital do Bordado” o dia de Corpus Christi atrai pelo menos 200 ônibus vindos de várias partes do País, trazendo visitantes que compram os produtos de Ibitinga.
Há 37 anos virou tradição a procissão de Corpus Christi que, antes daquela data, também tinha as ruas decoradas com serragens. Até que o então secretário Adolfo Holtzler e o padre Eutimio Ticianelli decidiram fazer uma experimentação na cidade: usar o bordado para enfeitar as ruas no lugar da serragem. E ideia prosperou.
A prefeitura, neste ano, precisou fazer cadastramento e organizar a infraestrutura. A procissão cresceu e atrai muitos visitantes. O município é estância turística e a geração de renda passa também pelo aquecimento da economia seja no comércio e na indústria.
fonte: JC Net
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