O cachorro Nacional, que é o mascote de um posto de combustíveis de Jaú (SP) e ganhou até um crachá e o título de funcionário do mês, foi vítima de maus-tratos e precisou levar quatro pontos na barriga após ser ferido com uma tesoura. O caso aconteceu no último sábado (20) e o suspeito, um morador de rua, foi detido na segunda-feira (22) pela Polícia Militar.
A câmera de segurança do posto registrou a agressão. As imagens mostram o Nacional atravessando a rua e um dos frentistas do posto vai atrás e na calçada está o suspeito e outro cachorro, assim que o Nacional se aproxima o homem já dá a tesourada. (Veja o vídeo acima).
“Os guardas disseram que esse homem já havia passado várias vezes durante a noite e jogava pedras no Nacional. E no sábado ele passou mais cedo, por volta das 7h15 e depois voltou às 9 com outro cachorro só para provocá-lo. Ele fez isso intencionalmente, premeditado”, afirma Marcelo Furlanetto, que é dono do posto e adotou o Nacional há 8 meses.
Segundo informações da polícia, o suspeito foi detido, prestou depoimento na delegacia e disse que reagiu dessa forma porque o cão teria avançado nele. Ele vai responder em liberdade por crime de maus-tratos a animais. Ainda de acordo com Marcelo, o Nacional foi socorrido pelos frentistas e levado ao veterinário. “Ele é muito querido por todos nós, eu não estava, mas os funcionários o socorreram e levaram para o veterinário que já cuida dele. Graças a Deus não atingiu nenhum órgão.”
Funcionário fiel
O mascote se recupera e logo mais deve voltar a alegrar quem passa pelo posto, além de ajudar na segurança do local, como contou a filha de Marcelo em entrevista ao G1 em abril deste ano. “Ele fica com o guarda da noite e, desde que ele está aqui, nunca aconteceu nada. Agora estamos bem mais seguros. Como aqui é aberto, é difícil ter um cachorro, mas ele se acostumou”, disse Beatriz Furlanetto.
Beatriz trabalha com o pai e a mãe no posto, e eles já têm oito cães além do Nacional – a maioria adotados. Assim que o “funcionário do mês” chegou ao posto, eles cuidaram do animal e já pensaram em levá-lo para a chácara da família, mas não imaginaram que ele se acostumaria tanto com o local.
“Não sei se ele já apanhou, porque ele era arisco quando chegou. Ele que tinha medo das pessoas. Mas agora ele se acostumou. Tem clientes que às vezes têm medo, mas depois já passam a mão. Tem um funcionário que leva ele passear e ele é apaixonado. Os funcionários pegaram amor, o Nacional acostumou com a rotina e acabou ficando aqui.”
A jovem diz que muitas pessoas passam na empresa apenas para ver o cão. “Tem gente que nem vai abastecer, só vai vê-lo. Tem cliente que passa sempre. O Nacional distrai a gente, está sempre perto, já é normal ter um animalzinho aqui. Não dá trabalho nenhum. Está atraindo cliente e ajuda os guardas”, brinca.
Fonte: Portal G1
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