A pior rebelião de presos da história de Bauru (SP) completa exatos seis meses nesta segunda-feira (24) com um saldo de um Centro de Progressão Penitenciária (CPP 3) ainda à espera de reforma e de um clima de insegurança causado pelas lembranças de uma terça-feira que deixou a cidade em pânico. Em meio a isso, agentes penitenciários pedem mais recursos para fazer a vigilância das unidades prisionais da cidade.
Após a rebelião que teve 152 fugitivos, o número de detentos caiu na unidade. Na época, o CPP 3 estava superlotado, pois abrigava 1.427 presos para uma capacidade de 1.124. Agora, apenas 470 cumprem o regime semiaberto na unidade.
Apesar do alívio na superlotação, agentes penitenciários ainda reclamam da insegurança do sistema pela falta de equipamentos. Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Gilson Pimentel Barreto, a situação ainda inspira preocupação.
“A maior dificuldade é com a falta de materiais, principalmente equipamentos de segurança, na área de comunicação, como rádios HT, para que os agentes possam ter uma comunicação mais ágil. Hoje temos apenas equipamentos antigos, pois a administração não renova”, diz Barreto.
Dos cerca de 700 agentes penitenciários de Bauru, 220 trabalham no CPP 3. Lá, cinco agentes se dividem 24 horas por dia em pontos estratégicos do complexo para impedir uma nova fuga. Mas o sindicalista defende que faltam condições e homens para exercer a função.
Fonte: G1
Compartilhe esta notícia