Em virtude do diagnóstico de Síndrome Werdnig-Hoffmann, uma doença neuromuscular e genética, o jovem precisa morar na UTI pediátrica da Santa Casa de Jaú
O último 4 de outubro foi um dia especial para o paciente mais antigo da Santa Casa de Jaú (SP). A chegada aos 14 anos foi comemorada por toda a equipe médica, hospital que é sua casa desde o nascimento.
Em virtude do diagnóstico de Síndrome Werdnig-Hoffmann, uma doença neuromuscular e genética, o jovem precisa morar na UTI pediátrica, pois depende de ventilação mecânica para sobreviver, além de cuidados especiais na alimentação e fisioterapia.
A síndrome se caracteriza pela atrofia e fraqueza muscular progressiva, com perda de funções essenciais, limitação física e problemas na comunicação.
Apesar disso, o desânimo nunca fez parte da rotina do paciente, que teve a identidade preservada, e dos médicos, que, para surpreendê-lo, organizaram uma festa de aniversário surpresa.
“Muitas vezes, os sentimentos e as preocupações são diferentes para quem está em uma cama de hospital. Pensando nisso, nossa equipe de UTI Neonatal e Pediátrica se mobilizou para essa comemoração”, conta um dos médicos que auxilia no tratamento.
A equipe médica foi além do “parabéns” e preparou uma decoração e dieta especial para comemorar mais um ano de vida do garoto.
O diagnóstico do jovem veio antes do nascimento, sendo necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para o seu desenvolvimento.
Segundo os médicos que acompanham o caso, além de descontrair o ambiente, ações como as realizadas no último dia 4 de outubro podem impactar no tratamento.
“Poder participar de momentos assim é motivo de orgulho para toda a equipe, pois é mais uma etapa de humanização no atendimento e acolhimento dos pacientes, auxiliando muito em sua recuperação. Cada dia vencido pela vida de um paciente é um excelente dia na missão de salvar vidas”, contam os médicos.
De acordo com a instituição, todo ano, em datas especiais, os pacientes que estão internados passam por comemorações, sempre com a participação da equipe do setor e equipes de apoio. Datas comemorativas sempre contam com uma mensagem aos pacientes, acompanhada de alguma lembrança.
“No Setembro Amarelo, foram distribuídas sementes de girassol, que remetem à felicidade. Já na festa junina, foram distribuídos pipoca e arroz doce, sempre levando em conta a dieta de cada paciente”, relata um dos médicos da instituição, que não quis se identificar.
Fonte: portal g1
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