Nos últimos dias um caso inusitado ocorreu na Cidade de Itatinga, onde uma pessoa desconhecida tentava aterrorizar, de maneira anônima, os munícipes com ameaças de bombas, incêndios e roubos em estabelecimentos comerciais, bem como ameaçava de morte os policiais militares da Cidade.
A primeira ameaça registrada aconteceu de 30 a 31 de dezembro do ano passado, quando o anônimo deixou uma carta manuscrita na base da Polícia Militar, ameaçando determinados policiais de morte, dizendo que pertencia ? organização denominada de Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa do Estado de São Paulo. Posteriormente, no dia 26 de janeiro, essa mesma pessoa incendiou um caminhão da empresa WM Manutenções e Treinamentos, deixando uma carta com aviso e ameaças, de mais atos de vandalismo, intitulando-se como MC Gui, usando siglas alusivas ? facção criminosa.
Além disso, também no último final de semana anunciou, via telefone, ter colocado uma bomba dentro de um supermercado da Cidade, que obrigou a direção daquele estabelecimento comercial a tomar as devidas providências. Foi feita a vistoria, nada sendo encontrado. Simultaneamente, deixou uma carta dizendo que iria matar os policiais e incendiar dois supermercados.
Evidentemente que a população de Itatinga, que já estava assustada com as recentes explosões dos caixas eletrônicos, ficou atemorizada com esta situação, despertando bastante preocupação na área policial, disse o delegado Paulo Buchignani. Por isso priorizamos a investigação que ficou ? cargo dos policiais civis Rui e Elizeu, emendou o delegado.
Após minuciosa investigação, inclusive com provas técnicas, no que diz respeito a exames caligráficos, os policiais conseguiram chegar até o responsável por todas as ameaças. Trata-se de um adolescente (S.E.M.), de 17 anos de idade, que é bastante conhecido nos meios policiais e já esteve internado na Fundação do Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), por cinco assaltos ? mão armada. O adolescente confessou, integralmente, os fatos, alegando que sua intenção era causar pânico na Cidade e amedrontar os policiais, explicou Buchignani.
Para o delegado ficou evidenciado que o adolescente nada tem a ver com a facção criminosa que dizia pertencer e que o incêndio criminoso e as ameaças por ele feitas, também não podem ser imputadas a qualquer facção ou quadrilha. O adolescente demonstrou possuir até mesmo certos problemas psiquiátricos o que não afasta sua periculosidade, uma vez que sua mente está claramente voltada ao crime, colocou o delegado que enalteceu o trabalho desenvolvido pela equipe e encaminhou o menor ao juiz da Vara da Infância e Juventude.