Um abrigo de Piracicaba está cuidando do tratamento de uma gata que teve o pelo tingido com tinta de cabelo rosa e foi resgatada por ativistas, em Tatuí (SP), devido ao risco de intoxicação.
A gata tem aproximadamente 1 ano e foi resgatada após denúncia feita à Organização Não Governamental (ONG) Cadeia Para Maus-Tratos.
“Chegou pra gente via denúncia, fomos até o local averiguar, constatamos que o animal estava nessa situação, tingido. Aí a gente chamou o pessoal, tentou entender a situação, vimos que era uma situação de maus-tratos, retiramos o animal e fizemos o registro do boletim de ocorrência”, explica a ativista animal Roberta Dias Lima.
Ela revela que a cor do cabelo do tutor também é rosa e que ele alegou que tingiu o animal para que ela ficasse mais bonita. “A gente rebatizou ela para Pink, um nome até meio clichê, mas que combinou”, conta Roberta.
De acordo com a ativista, a gata também apresentava muitas pulgas quando foi resgatada. Segundo o boletim de ocorrência, também havia sinais de anemia.
A médica veterinária Ana Carolina Gomes explica que maus-tratos não são apenas situações como agressões ou não fornecer insumos básicos, como comida e água ao animal.
“A gente sabe que a tinta que foi utiliza nesse animal não foi a tinta específica [para animais]. Essa tinta entra em contato com o organismo, sem contar que os animais se lambem para tomar banho, então ela vai acabar ingerindo essa tinta […] Então, o contato tópico pode causar uma intoxicação”, explica a profissional.
Ana Carolina contou que Pink vai ficar em observação veterinária por um período de dois a seis meses, para que seja verificado se o organismo é afetado pela tinta.
“Ainda está fazendo uso de colar elizabetano pra que ela não lamba e ingira esses pelos com a tinta, porque isso ainda pode causar algum problema nela”.
Espera para adoção
Devido à necessidade de acompanhamento, Pink ainda não pode ser adotada. Por enquanto, ela vai ficar em um abrigo que tem mais de 60 gatos abrigados. Todos com histórico de maus-tratos. E a maioria está disponível para novos tutores.
“Tem a questão de adaptar com os outros gatos que vivem. Ela está um pouco estressada ainda, mas isso é coisa que com o tempo vai passar. Aí tem toda a questão do banho, ela vai constantemente para o veterinário tomar banho”, conta a responsável pelo abrigo, Vitória Groppo de Lara.
Fonte: portal g1
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