Sindicalista sugere o mínimo para vereador em Botucatu

Política
Sindicalista sugere o mínimo para vereador em Botucatu 15 agosto 2015

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Botucatu (Sispumb), José Manuel Leme, o Mané,  está liderando um movimento através das redes sociais, que visa a redução dos salários dos vereadores de Botucatu. Uma movimentação popular está prevista para acontecer no próximo dia 24, a partir das 19 horas, na Câmara Municipal.

Segundo o sindicalista, a proposta é para que seja rediscutido o Projeto de Lei que foi aprovado e aumentou o salário dos vereadores para 2017 e diminuir ainda nesta legislatura o salário para que não ultrapasse o do (salário) mínimo, ou seja, R$ 788,00.  Diz que se os vereadores quiserem, podem, perfeitamente, modificar textos de projetos que já foram aprovados e sancionados.

De acordo com o projeto os subsídios dos vereadores da próxima legislatura estão fixados em R$ 5.445,04 (R$ 6.930,05 para o presidente). Salário atual é de R$ 4.986,19 (vereadores) e R$ 6.364,06 (presidente).  Já o salário do prefeito passa de R$ 15.865,15 para  R$ 17.325,14  e o vice-prefeito que é de R$ 8.499,18 passa para  9.281,31. Já os secretários municipais de governo receberão o mesmo valor do vice-prefeito.

“Vereança não é profissão e é um absurdo o salário que paga, pois o vereador tem à sua disposição toda a estrutura da Câmara Municipal para realizar o trabalho legislativo. Se existe toda essa estrutura,  que gasto extra o vereador tem?  A população deveria ser consultada sobre esse aumento salarial e opinar. E tem outro detalhe: a votação não foi unânime”,  frisa Mané Leme.

Ele entende que para ganhar esse salário o vereador deveria se dedicar  integralmente à Câmara. “Não é isso que acontece. Existemvereadores que têm empregos paralelos e isso não é certo. O vereador como homem público, tem que servir o povo 24 horas por dia. Esse movimento busca a conscientização”, frisa Leme, que promete costurar apoio em outras instituições da cidade, especialmente, sindicatos.

"Na política o que vale é o exercício da cidadania, diálogo e vontade de melhorar a vida do cidadão. Se houver consenso o vereador de Botucatu vai receber o equivalente a um salário mínimo e, com isso, daria um exemplo à nação. O dinheiro excedente do orçamento da Câmara seria utilizado em áreas prioritárias como educação, segurança e saúde”,  concluiu o sindicalista.

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