Aconteceu esta semana na Câmara Municipal de Botucatu, uma reunião pública com o intuito de debater sobre a implantação do Plano Cicloviário e as várias alternativas do uso das bicicletas no município de Botucatu. A reunião foi iniciativa do vereador Lelo Pagani, que julgou ser importante debater questões relacionadas ao uso das bicicletas na cidade, seja para locomoção para trabalho, lazer, atividade física e turística.
A mesa de debates foi composta pelos vereadores Ednei Carreira (presidente da Câmara Municipal) e Lelo Pagani, secretário de Governo, Carlos Eduardo Colenci, secretário de Mobilidade Urbana, Vicente Ferraudo e representante dos grupos de ciclismo Caiporas e Bk8, Guilherme José Guimarães Pilan. Também estiveram presentes na reunião pública os vereadores Rose Ielo e Reinaldinho, ciclistas e membros da sociedade civil.
Pilan fez a apresentação de um projeto que representa o anseio dos ciclistas para o município envolvendo a implantação de um anel cicloviário ligando vários pontos da cidade desde Unesp, Demétria, vias alternativas e bairros periféricos. Os ciclistas não são respeitados no trânsito de Botucatu sendo que a bicicleta é um meio econômico de locomoção e que contribui com o meio ambiente, disse.
O secretário de Governo, Caco Colenci, explicou os projetos referentes a esse assunto pretendidos pelo Poder Executivo, informando que já está em processo de licitação a ciclovia que irá ligar o Lageado a UNESP utilizando verbas da linha de crédito do programa Desenvolve São Paulo que foi obtida pelo Prefeito Municipal e que contará com um parque linear com acessibilidade e academias ao ar livre.
Caco Colenci fez uma proposta que poderá ajudar a categoria dos ciclistas a obter benefícios e, ao mesmo tempo, ajudar o município. Faço aqui a sugestão de que os ciclistas constituam uma associação para representar a categoria e trabalhar em parceria com a Prefeitura Municipal, através de convênio, para nos ajudar na implantação de ciclovias em Botucatu. Ciclovias possuem um alto custo e necessita de captação de recursos junto aos governos estadual e federal, por isso, necessitamos também da colaboração dos ciclistas e até mesmo dos vereadores na busca por verbas para a concretização das ideias propostas aqui, declarou.
A duplicação da Rodovia Antônio Butignoli, de acordo com Colenci, também irá contemplar uma ciclovia e somente a Rodovia Domingos Sartori ainda não prevê tal benefício uma vez que a via é de responsabilidade da Concessionária Rodovias do Tietê e projeto de ciclovia não foi incluído no plano de obras da empresa.
Com relação a uma possível ciclovia ligando a cidade ao bairro da Demétria, que segundo Guilherme Pilan é uma reivindicação antiga dos ciclistas, Caco Colenci afirma que em entendimentos com o Departamento de Estrada de Rodagem (DER, poderá ser feito um trecho de ciclovia entre a Avenida Itália e o posto de combustível existente na Rodovia Gastão Dal Farra, depois de referido trecho, a questão também se enquadra no que acontece com a Rodovia Domingos Sartori. A apresentação do Guilherme só vem ajudar a Prefeitura nessa questão de implantação de ciclovias e ciclofaixas no município, destacou o secretário.
Vicente Ferraudo, secretário de Mobilidade Urbana, fez questão de frisar que lhe agradou a idéia de ciclofaixas nas vias municipais. A idéia das ciclofaixas me agrada, principalmente em horários alternativos como acontece, por exemplo, em São Paulo nos finais de semana. Temos que procurar atender a todos dentro do possível e seria interessante realizar ações que estimulem o uso da bicicleta em Botucatu. Cada proposta deverá ser analisada, informou.
Vereador Lelo Pagani acredita que a reunião foi produtiva. O debate nesta reunião pública foi produtivo e acredito que a partir de agora os ciclistas de Botucatu poderão obter mais benefícios do Poder Executivo. Tudo o que foi sugerido e reivindicado nesta noite será devidamente encaminhado e tenho certeza de que Botucatu irá avançar no que se refere ao uso de bicicletas, implantação de ciclovias e ciclo faixas. Estaremos sempre acompanhando o processo e assim contribuir com o desenvolvimento de Botucatu, conclui Pagani.
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