Quem será candidato a Prefeito de Botucatu em 2020? Bastidores estão agitados

Política
Quem será candidato a Prefeito de Botucatu em 2020? Bastidores estão agitados 04 junho 2018

Você deve estar perguntando: Eleição Municipal já?

Sim, a corrida pelo executivo municipal ocorre apenas em outubro de 2020, mas acredite, as especulações e discussões começam rigorosamente no dia após a apuração dos votos. Aqui em Botucatu as conversas ocorrem há algum tempo nos bastidores.

Claro que nesse momento existe muita especulação, vontades pessoais ou coletivas, suposições e algumas certezas, ou quase isso. O tabuleiro só poderá ser montado após a definição de algumas peças e isso passa pela eleição deste ano.

Apenas para lembrar que em 2016 os candidatos e vices foram: Pardini/André Peres, Ielo/Caco Colenci, Reinaldinho/Pagani, Facioli/Cátia e Daniel/Bilo. Algumas dessas peças ainda se encontram do mesmo lado, outras, porém, tomaram caminhos distintos.

O PSDB, que não tem mais em seus quadros o ex-Prefeito e atual Secretário Estadual de Educação João Cury, resolveu a parada em 2016 após uma bem encenada discussão entre 4 nomes, Pardini, Izaias Colino, Curumim e Caco Colenci. Na verdade, imperou a vontade do comando tucano, que há tempos tinha escolhido o nome do então Superintendente da Sabesp.

Há que se compreender como vai funcionar o ninho tucano sem João Cury, ‘expulso’ do partido em abril, ou se a sigla é apenas mais uma “pecinha” no enorme tabuleiro do grupo Cury. Mas a primeira disputa começa aí.

Vereador mais votado na última eleição e presidente da Câmara até o final deste ano, o vereador Izaias Colino nunca escondeu de seus pares as pretensões de ser Prefeito de Botucatu. Perdeu a primeira tentativa pela vontade contrária de João Cury no final de 2015, mas se aproximou bastante do ex-Prefeito nos últimos meses e tentará viabilizar sua candidatura.

Pardini e João estarão juntos na próxima eleição? Arquivo Acontece Botucatu (Reprodução apenas mediante autorização)

Por outro lado está o atual Prefeito de Botucatu, Mário Pardini, que fez sentido contrário ao do Presidente da Câmara com relação ao Ex-Prefeito. Com a melhor avaliação de um Prefeito nas últimas décadas, segundo algumas pesquisas, Pardini colhe bons números de uma popularidade, muito mais pela capacidade administrativa do que pelo jogo político.

Nos corredores da Prefeitura já se propaga que a reeleição é uma possibilidade real, para alguns é uma certeza, ou seja, de que Mário Pardini vai para reeleição em outubro de 2020. Para equacionar algumas contas nesse jogo, resta saber como será a atuação dos Cury. (Deputado e Secretário)

Ao se convencer (ou ser convencido) a não ser candidato a Deputado Federal esse ano, João Cury tomou posse como Secretário Estadual de Educação, após um ano e meio como Presidente do FDE. Mas sua continuidade na pasta depende de uma vitória de Márcio França como governador, algo distante segundo as pesquisas. Voos maiores estão condicionados à eleição de Geraldo Alckmin como Presidente da República, o que se mostra ainda mais complicado de acordo com recentes pesquisas.

A questão que fica é a seguinte: Fora do PSDB e com um possível cenário das derrotas de Márcio França e Alckmin, qual seria o destino de João Cury? Ele daria alguns passos para trás e voltaria para Botucatu como candidato a Prefeito?

Outra interrogação, mesmo que difícil: E se Fernando Cury (PPS) não conseguir sua reeleição como Deputado Estadual? Embarcaria de volta para Botucatu para encarar uma disputa municipal pelo grupo Cury?

Atento ao movimento de Mário Pardini, João Cury e Fernando Cury, está o vice-prefeito André Peres, por enquanto no PC do B. Apesar de não se movimentar em público, dizem que Peres se movimenta nos bastidores com a intenção de ser candidato.

Ielo abriria mão de candidatura por sua esposa? (Arquivo Acontece Botucatu)

E Mário Ielo? Hoje no PDT e castigado por três derrotas consecutivas nas eleições municipais (em 2008 tentando fazer o sucessor, em 2012 contra João Cury e 2016 com Mário Pardini), deve de alguma forma participar do pleito em 2020. Há, porém, quem defenda hoje a candidatura de sua esposa, Rose Ielo. Desde 2013 ela tem uma atuação combativa na Câmara Municipal e aparece mais que o marido no cenário político.

O PT, que um dia teve o poder nas mãos, caiu em um abismo eleitoral estratosférico e amargou pela primeira vez em 2016 uma eleição sem sequer eleger um vereador em quase 30 anos. O diretório em Botucatu, ao contrário da banda podre na esfera nacional, é composto por pessoas honestas e bem-intencionadas, mas está dilacerado por tudo o que sofreu a sigla.

Dizem até que PT e PSOL deveriam conversar intimamente em 2020 para uma candidatura de esquerda mais forte. O PSOL em 2016 mudou de candidato na última hora (Bilo por Daniel Carvalho). Não é possível, portanto, prever quem vai empunhar o microfone do partido de Ivan Valente (O mesmo daquele vídeo que castigou o Secretário de Educação) nos palanques em 2020.

O PRB também pretende entrar nesse jogo. Em 2016 a sigla esteve ao lado do então candidato Mário Pardini e já conversa com algumas lideranças para esquentar o tabuleiro. Hoje a direção regional do partido é do empresário Carlinhos Romagnolli e tem em seu quadro, por enquanto, o Secretário Municipal de Saúde André Spadaro.

Tudo isso são as peças colocadas e discutidas atualmente, podendo passar muita água debaixo dessa ponte. Mas como disse no passado o saudoso vereador Progresso Garcia, “Na política eu só não ví boi voar”. Ah, essa frase foi relançada por Caco Colenci, homem forte do governo João Cury que foi vice de Mário Ielo.

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