Durante todo o dia de quarta-feira o delegado da Polícia federal de São Paulo, Protógenes Queiroz, esteve cumprindo extensa agenda em Botucatu, acompanhado do vereador Dr. Bittar que é candidato a deputado estadual pelo PCdoB. Pelo mesmo partido Protógenes está concorrendo a uma vaga para ocupar uma das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Em 11 anos como delegado federal, Protógenes Queiroz ganhou notoriedade nacional ao investigar casos de corrupção envolvendo pessoas como Paulo Maluf, Law Kin Chong, o banqueiro Daniel Dantas, Naji Nahas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta ou Kia Joorabchian, que era apontado como laranja do russo Boris Berezovski denunciado por lavagem de dinheiro no Corinthians, ou ainda a máfia do futebol paulista.
Me decidi concorrer a uma vaga no Congresso Nacional incentivado por pessoas que assim como eu combatem a corrupção, que é o maior mal do Brasil. É por causa dela (corrupção) que muita gente enriqueceu. Se houver Justiça não haverá corrupção. Mas, entendo que o País está vivendo um processo de transformação e nos últimos anos muitos avanços foram conseguidos, mas é preciso mais. Aceitei o desafio de buscar uma vaga de deputado para dar sequencia na política a esse trabalho que venho desenvolvendo há 11 anos como delegado federal e me aliei em Botucatu com o Dr. Bittar, que é uma pessoa íntegra, honesta que tem sede de Justiça e é avesso a corrupção e as injustiças sociais, pregou o candidato do PCdoB.
Ele lembra que o dinheiro que foi bloqueado do Daniel Dantas, por exemplo, poderia resolver muitos problemas sociais. Hoje uma pessoa fica presa vários meses por furtar carne de supermercado para comer, enquanto os grandes corruptos, como Daniel Dantas, que desviam milhões de dólares estão soltos, compara. Quem vai para a cadeia é o pobre, o desempregado, o desassistido, o negro. O dinheiro desviado com a corrupção poderia construir escolas e hospitais, por exemplo. Acho que a população está com outra visão política, está mais esclarecida, está mais propensa a discutir os problemas sociais, observa.
O candidato a federal emenda: Como é que um cidadão que comete crime de corrupção pode ser candidato a um cargo público como senador e deputado? Porque o projeto de ficha limpa não foi aprovado em seu inteiro teor? Não estamos aqui dizendo que vamos acabar com a corrupção. Isso é impossível. Ela existe desde o começo da civilização e vai continuar existindo. O que podemos fazer é combater a corrupção criando leis mais rígidas aos infratores impedindo pessoas envolvidas em crimes de corrupção de concorrer a cargos públicos, diz.
Na mesma linha de seu companheiro de dobrada, o candidato a deputado estadual, Dr. Bittar, entende que o País não pode mais assistir pela
televisão pessoas desviando dinheiro público e não serem punidas. O pior é que os corruptos, que tem mandato político ou têm ligação com políticos, deveriam estar presos, mas estão soltos. É esse pensamento que pretendemos levar nesta campanha. O Dr. Protógenes no Congresso Nacional e eu na Assembléia Legislativa de São Paulo. Também estarei discutindo os problemas ambientais do Estado, Educação e Saúde, ressaltou Bittar.
Bittar destaca que a aliança com Protógenes Queiroz foi uma coisa natural já que desde as primeiras conversas o assunto convergiu para um lado comum: busca da Justiça. Venho falando sobre isso desde que fui indicado para ser candidato do PCdoB e deixei claro que isso seria uma das minhas bandeiras de campanha. Entendo que o problema deve ser trabalhado ainda na infância. Hoje a maioria dos criminosos é oriunda de famílias desestruturadas. É na família que o trabalho tem que ser desenvolvido, prega.
Por: Quico Cuter
Fotas: Valéria Cuter