Na manhã desta quarta-feira os vereadores Fernando Aparecido Carmoni (PSDB), líder do prefeito João Cury na Câmara Municipal e a vereadora Rose Ielo, do bloco de oposição ao chefe do Executivo trocaram farpas e acusações ao compararem o governo atual com o da gestão passada administrado por Mário Ielo, esposo da vereadora.
Tudo porque a vereadora na sessão extraordinária da Câmara Municipal de segunda-feira (13) pediu vistas (adiamento) aos três projetos de lei da Prefeitura Municipal que solicitavam autorização legislativa para contratação de uma Agência de Fomento do Estado de São Paulo, operações de crédito até o montante de 14.976.649,00 para realização de obras de infra-estrutura, reforma do Mercadão Municipal e construção de uma ciclovia a serem pagas em sete anos.
Nem mesmo a presença dos secretários Nivaldo Vizotto (Planejamento), Luiz Augusto Felippe (Fazenda) e Caco Colenci, explicando as vantagens de se obter o empréstimo a juros baixos e longo prazo convenceu a petista a mudar de idéia e votar favoravelmente. Os secretários esclareceram que este tipo de empréstimo só é concedido a cidades onde as prefeituras estão com as finanças estabilizadas.
O argumento da legisladora petista em plenário e durante o debate foi que o empréstimo irá gerar dívidas ao município com pagamento de juros de R$ 4 milhões em sete anos e deixaria contas a pagar para o próximo prefeito. Garantiu que irá explicar seu posicionamento no relatório que estará encaminhando ? Câmara Municipal para justificar o pedido de vistas.
A posição contrária da vereadora gerou inconformismo na ala de situação, principalmente no líder do prefeito na Câmara, Fernando Aparecido Carmoni (PSDB), que debateu com Rose Ielo no programa O Palanque da Rádio Emissora de Botucatu (PRF-8) e ambos trocaram farpas, cada qual procurando defender seu ponto de vista.
Na troca de gentilezas, Carmoni alegou que Rose Ielo sempre procura atrapalhar a aprovação de projetos do Executivo por questões políticas/partidárias e esta não teria sido a primeira vez. Ela se defendeu ressaltando que ao pedir vistas quer fazer uma melhor análise das propostas que são apresentadas, cumprindo assim, seu papel de fiscalizadora. Ambos deixaram a emissora mais estremecidos do que entraram.
A despeito da discussão entre os dois legisladores e opiniões divergentes, uma coisa é certa: como maioria absoluta no legislativo (oito vereadores contra três), a situação não encontrará problemas em aprovar esses projetos que voltam ? pauta de discussão em plenário na próxima segunda-feira (20).
O primeiro Projeto de Lei (nº 24/2013) pede operação de crédito até o montante de R$ 8.607.540,00, destinados ? obras de pavimentação e recape em bairros do município. Já o Projeto de Lei (nº 25/2013) prevê operações de crédito até o montante de R$ 2.009.800,77 destinados ? obras de reforma e restauração do Mercado Municipal Vereador Progresso Garcia. Finalmente, o terceiro Projeto de Lei (nº 26/2013) pede autorização para operações de crédito até o montante de R$ 4.359.398,27 destinados ? construção de uma ciclovia de Botucatu ? Unesp, em Rubião Júnior.
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