Vai começar o período eleitoral. As convenções partidárias para a escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações devem ocorrer de 20 de julho a 5 de agosto. Ao que tudo indica, cinco candidatos serão chancelados por seus partidos nas convenções.
Os nomes praticamente são conhecidos da população, sendo que o curto período eleitoral deste ano deve dar publicidade ao que pensa cada um deles. Pelo menos o eleitor espera um debate de alto nível no campo das discussões. As chapas envolvidas na disputa ao poder executivo são as seguintes:
O PT sofreu uma verdadeira debandada nos últimos 12 meses. Perdeu sua principal figura, o ex-prefeito Mário Ielo e três vereadores, Rose Ielo, Lelo Pagani e Carlos Trigo. Restou para o partido que governou a cidade por 8 anos escolher dois nomes que até então nunca participaram como figuras eletivas, tudo para não deixar o partido morrer.
O jornalista Erick Facioli foi para ‘sangrar’, como ele próprio disse. Não deixar que o PT ficasse sem candidato depois de quase 30 anos lançando nomes. A chapa é pura, já que a médica e professora da FMB Cátia Fonseca será a vice. Seu marido, Dr. Pinho, já foi vice-prefeito por 8 anos e não quis novamente se envolver.
PSDB – Mário Pardini
Se alguém perguntasse há um ano atrás quem seria o candidato do PSDB a prefeito, Izaias Colino e Caco Colenci eram os nomes mais óbvios. Mas o atual prefeito João Cury preferiu arriscar e bancou Mário Pardini nessa disputa.
Para muitos foi uma imposição, fato que gerou algumas discórdias e dissidências, mas a escolha do presidente da sigla foi essa. De ilustre desconhecido, o ex-superintendente da Sabesp vem ganhando notoriedade e visibilidade. Aos poucos está deixando de lado a imagem de criação de João Cury. Tem a figura do gestor avesso à roupagem do político.
Nenhum outro partido reflete fielmente em Botucatu o que é feito em níveis estaduais e federal como o PSOL. Pequeno grupo, sem coligações, sem dinheiro, sem estrutura, mas com muita vontade.
Suas ideias ainda não foram amplamente difundidas, como o passe livre, mas com o amadurecimento após 2012, será possível falar um pouco mais alto. O encarregado da missão de fazer o partido ganhar visibilidade na base da discussão de ideias, será novamente o advogado Gustavo Bilo, tendo o professor Raul Albornoz como vice.
PDT – Mário Ielo
Conservador em muitos pontos, Mário Ielo surpreendeu de um ano para cá. Primeiro ao tomar a decisão de deixar o PT em 2015, sigla que o elegeu prefeito duas vezes e que defendia com forte convicção, para muitos, de forma até desnecessária.
Mas a atitude mais surpreendente do ex-prefeito foi sair a campo para buscar parcerias com ex-desafetos ou inimigos políticos. Foi assim com o vereador Reinaldinho, onde não teve sucesso em emplacar uma conversa mais estruturada.
Mas também foi assim que seduziu um ‘ferido’ Caco Colenci, homem forte do governo João Cury, que literalmente pulou de lado sem se inibir. A aliança ainda rende muitas dúvidas quanto a validade, motivação ou mesmo afinidade entre ambos.
A Câmara Municipal não terá em 01 de janeiro dois de seus principais integrantes. Reinaldinho e Lelo Pagani também surpreenderam ao anunciarem essa aliança em março. Já estiveram em lados bem opostos no passado, quando o vereador do PR era um dos principais aliados de João Cury, enquanto o parlamentar da Rede era um dos braços legislativos de Mário Ielo quando figurava no PT.
Se analisarmos friamente, é a chapa que mais tem a perder alguma coisa em outubro. Uma derrota nas urnas deixará sem qualquer participação eletiva dois campeões de votos em Botucatu nas últimas eleições. Qual seria o plano B da dupla?
Após mudanças na legislação, o período eleitoral será menor, com a propaganda eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 36, caput) começando no dia 16 de agosto e terminando totalmente no dia 02 de outubro. Em Botucatu a propaganda eleitoral gratuita e obrigatória será feita apenas pelas emissoras de rádio: Criativa, Clube, Cultura, Municipalista e F-8.
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