Na noite desta quinta-feira, 30, em uma lanchonete na área central de Botucatu, militantes de PT e PC do B realizaram um encontro para debater política e o processo eleitoral. Lideranças dos dois partidos já conversavam há alguns dias sobre um encontro mais concreto para reatar uma antiga amizade.
PC do B e PT estiveram juntos de 2000 a 2008, quando houve uma ruptura. Os petistas na oportunidade lançaram Valdemar Pinho como candidato a Prefeito e o PC do B foi caminhar com o PSDB, lançando o então vereador Caldas como vice de João Cury.
A insólita união de tucanos e comunistas não foi bem digerida por muitos membros do PC do B em um primeiro momento, mas com a vitória em outubro de 2008 e mais espaço no governo João Cury do que nos tempos de Mário Ielo, o partido se ajeitou no cenário e vestiu a camisa dessa pouco habitual parceria.
O PT nunca escondeu o descontentamento e no início usou muito a palavra traição. Nada que o tempo não possa resolver. No total foram longos 10 anos e três eleições municipais de amizade rompida. Nesse meio tempo, Mário Ielo, um dos motivos da parceria ser desfeita em 2008 (segundo vários relatos), saiu dos quadros do partido de Lula rumando para o PDT.
Os comunistas ficaram acomodados no ninho tucano durante os 8 anos na administração Cury e deram sequência no Governo Mário Pardini. Caldas virou Secretário de Cultura e André Peres, filiado em 2016, se tornou Vice-Prefeito.
Após a saída de Caldas do governo Pardini no fim de 2017, o PC do B ficou distante da parceria de uma década com o PSDB. Com últimos encontros, os partidos ensaiam até uma dobradinha para as eleições municipais, segundo algumas informações.
A dúvida fica por conta do Vice-Prefeito André Peres. Há quem diga que ele pode deixar a sigla, uma vez que tem pretensões eleitorais e é alguém sempre muito próximo de João Cury. Mas uma coisa é certa, na política não há mágoas profundas que o tempo não possa apagar, ou fazer de conta que apagou.
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