O Painel do Jornal Folha de São Paulo publicou nesta segunda-feira, 23, que o ex-Prefeito de Botucatu não está mais no PSDB. Ele e o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão foram desfiliados da sigla, segundo a publicação.
A notificação foi feita pelo presidente do diretório estadual, o Deputado Pedro Tobias, de Bauru. No caso de Maranhão, a expulsão ocorreu por ele ter anunciado apoio ao governador Márcio França (PSB) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, que concorrerá com João Doria (PSDB).
Cita o Painel da Folha que em 2015, o prefeito de Rio Grande da Serra chegou a ser alvo de um processo de expulsão por ter apoiado Dilma Rousseff (PT) contra Aécio Neves (PSDB-MG) na eleição de 2014. O caso foi arquivado na oportunidade, mas executado agora.
Como publicado pelo Acontece Botucatu no início do mês, João Cury abriu mão de se candidatar a deputado federal pelo PSDB em outubro deste ano para assumir a Secretaria Estadual da Educação. A posse será na próxima quinta-feira, dia 26.
O ex-prefeito de Botucatu não declarou apoio publicamente ao governador Márcio França, mas a leitura do ninho tucano no estado para excluí-lo foi de que ele escolheu um lado. Aliás, o PSB deve ser seu novo partido.
Diz ainda a Folha de São Paulo que Tobias justificou a expulsão de Cury com o argumento de que ele desrespeitou os incisos III e V do art, 15 do estatuto partidário. Cita o termo “irrefutável transgressão ética”.
A desfiliação ocorreu após o prazo para se ingressar em nova sigla visando uma candidatura em outubro. Ou seja, mesmo que tivesse no momento a intenção de ser candidato (o que não é o caso), João Cury estaria impedido de fazê-lo por outro partido.
As expulsões não passaram pelo crivo da executiva foram decisões exclusivas do presidente PSDB que fez as desfiliações sumariamente. Nesta segunda, o PSDB também expulsou o prefeito de Bariri, Paulo Henrique de Barros Araújo, preso no sábado (21), acusado de ter abusado de uma criança.
Em nota, João Cury afirmou que lamenta a decisão. Ele disse que faltou diálogo no partido para resolver a questão e afirma que ficará sem legenda por enquanto.
“É uma pena. Se tivesse havido diálogo nada disso teria ocorrido. Até porque, em nenhum momento o governador Márcio França condicionou minha permanência no governo à desfiliação do PSDB. Para ser secretário da Educação não preciso estar filiado. Portanto, seguirei no cargo sem filiação partidária procurando fazer o melhor pela educação do Estado de São Paulo. Não tenho dúvida de que a educação está acima de tudo isso”.
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