Grupo de 150 pessoas está deixando o PP de Botucatu

Política
Grupo de 150 pessoas está deixando o PP de Botucatu 08 agosto 2015

Debandada geral. Assim se pode chamar o que acontece com o Partido Progressista (PP) de Botucatu que, segundo seu presidente  Luiz Carlos dos Santos, o Sócrates,  está perdendo um grupo de 150 pessoas, que fazia a reestruturação para disputar as eleições de 2016,  contando com dissidentes do PRB, PR, PT, PSD e PMDB.

“Estávamos desenvolvendo um projeto político na cidade, mas  como houve mudanças no diretório estadual, com a eleição do deputado federal Guilherme Mussi, entendemos que o caminho do grupo era buscar outras alternativas, pois não podíamos correr o risco ficar sem legenda para disputar as eleições do ano que vem”.

De acordo com Sócrates, a desfiliação dos  membros do grupo já foi encaminhada aos diretórios estadual e nacional.  “Não estamos perdendo a legenda do PP e sim nos desligando dela, por não concordarmos com as diretrizes da atual presidência que assumiu o lugar deixado por Paulo Maluf.  O grupo entendeu que o melhor caminho é buscar um novo partido para disputar as eleições do ano que vem”, colocou.

Sócrates não quis revelar a sigla em que o grupo poderá se filiar, mas garantiu que já conta com uma chapa de vereadores pronta. “Posso assegurar que temos no grupo muita gente de renome com grande potencial de votos.  São pessoas de diferentes segmentos sociais ligados a  grupos de serviços,  associações, empresariado,  sindicatos, comunicação, profissionais liberais, entre outros”, elencou.  A probabilidade é que o caminho dos dissidentes do PP seja o Partido  Republicano  Progressista (PRP).

 

Diretório

Maluf deixou a presidência do PP de São Paulo antes de término do seu mandato (julho de 2015)  após intervenção da Executiva Nacional, presidida pelo deputado federal Ciro Nogueira,  que formou uma comissão provisória.  O presidente que assumiu, Guilherme Mussi, afirmou que a troca já estava acordada com o partido antes das eleições. Segundo ele, o critério seria escolher o candidato mais votado do partido no Estado, à exceção de Maluf.  Mussi teve 156 mil votos e Maluf, 250 mil.

De acordo com o novo presidente do PP o diretório estadual postergou a troca de comando para que esta não fosse atrelado ao julgamento de Paulo Maluf no Tribunal Superior Eleitoral  (TSE). "O dr. Paulo contribuiu muito. Mas é hora de dar uma oxigenada, trazer bons quadros que foram afastados do partido por divergências com o grupo que liderava a legenda", disse Mussi."(O PP) é um partido que não pode gravitar em torno de um nome."

Mussi também defende o restabelecimento das relações com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Nas eleições do ano passado o PP apoiou o candidato do PMDB ao governo estadual, Paulo Skaf.  O deputado também apoiou o candidato do PSDB ao governo federal, Aécio Neves, contrariando o apoio nacional da sigla à presidente Dilma Rousseff (PT).

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