Dos 619 prefeitos petistas eleitos em 2012, 69 deixaram a legenda até este mês de outubro (11%), segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Desse movimento o mais forte está em São Paulo onde o partido perdeu 20 dos 73 prefeitos eleitos (27,4). Isso faz com que o partido viva a mais grave crise de sua história, com o desgaste da presidente Dilma Rousseff, os problemas econômicos e as acusações de corrupção.
Além dos prefeitos outros expoentes também deixaram o partido e irão disputar a eleição do ano que vem por outras legendas. Em Botucatu o ex-prefeito Mário Ielo (foto), que era considerado a maior liderança do PT, migrou para o PDT, sendo nome certo para tentar voltar ao comando do Executivo em 2016. Também o vereador Lelo Pagani, outra grande liderança petista, deixou, recentemente, a legenda e se filiou no REDE. Hoje o PT conta com dois vereadores na Câmara Municipal: Rose Ielo e Carlos Trigo.
De acordo com presidente do PT de Botucatu, Everaldo Rocha, mesmo com essas perdas o partido poderá lançar candidatura própria, entendendo que existem bons nomes na legenda, mas não descarta a possibilidade de uma coligação com o PDT, já que a vereadora Rose Ielo permanece filiada.
“Como Ielo saiu do PT uma coligação com o PDT, encontra resistência dentro do grupo, assim como outros defendem essa junção. A saída de Ielo foi uma perda grande para o partido, não há dúvida, mas não houve briga ou ressentimento. Ele seguiu um caminho que achou viável para suas aspirações políticas e nós respeitamos. Faz parte do jogo democrático”, colocou Rocha.
Ele ressalta que o PT fará no dia 28 de novembro uma Oficina de Planejamento Estratégico que definirá as diretrizes para 2016. “Vamos nos reunir com os filiados e simpatizantes para discutirmos as estratégias para 2016 e na pauta estará a eleição e o debate para definir se teremos candidatura própria”, frisou. “O que for decidido pela maioria será feito”, concretizou.
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