Derrota na eleição pode fazer PT perder filiados

Política
Derrota na eleição pode fazer PT perder filiados 20 outubro 2012

A derrota do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições deste ano que teve o arquiteto Mário Ielo como candidato a prefeito, pode não ficar somente restrita nas urnas. Isso porque alguns filiados, entre eles, o advogado Renato Caldas, poderão entregar suas respectivas cartas de desfiliação na próxima semana.

Além da derrota para o cargo a prefeito, o PT perdeu representatividade na Câmara Municipal e apenas três vereadores numa coligação formada por sete partidos foram eleitos. A situação do prefeito reeleito, João Cury Neto (PSDB), contará com oito parlamentares na Câmara Municipal e não deverá encontrar dificuldades para aprovar os projetos de lei que sejam de interesse do Executivo.

Um petista bastante conhecido na cidade que não teve participação ativa na campanha afirmou que o partido em Botucatu está perdendo sua ideologia e a condução da campanha foi feita de maneira errada e individualizada, pois as decisões para traçar as diretrizes não eram tomadas pelo partido, mas sim por um pequeno grupo de pessoas.

“É só observar que pessoas que levantaram a bandeira do partido desde a sua fundação na Cidade ficaram fora como a Mara (Corrêa), o doutor Pinho (Waldemar Pereira), o Rúbio (Luiz Carlos), o doutor Osmar (de Carvalho Bueno), o doutor Caldas (Renato), o doutor Brant (Luiz Francisco), entre vários outros”, enumerou o petista, pedindo a omissão do seu nome. “Tem gente que chegou agora e já se julga o dono (do partido)”, emendou.

O presidente do PT de Botucatu, Carlos Cesar Ramos, o Carlão, garantiu que não existe nada oficial sobre o desligamento de um ou mais membros do partido, por isso, preferiu não se manifestar. “Não posso falar por suposições ou comentários. Como nada oficializado chegou ao partido, nada temos a dizer sobre o caso”, colocou Carlão.

Entretanto, adiantou que o partido está aberto para qualquer tipo de discussão. “Se algum filiado estiver insatisfeito com alguma norma ou conduta deve nos procurar para que possamos discutir internamente”, disse Carlão. “O partido não tem dono e sempre estará aberto ao diálogo com seus filiados e simpatizantes”, apontou o presidente petista.

Sobre a não participação de alguns petistas na campanha Carlão foi taxativo. “Fizemos uma campanha com poucos recursos financeiros e de pouca visibilidade, na base do corpo a corpo pelos mais diferentes bairros da Cidade, mas os filiados, de acordo com suas possibilidades, estiveram presentes, sim”, garantiu Carlão.

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