Os membros do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) decidiram nesta terça-feira (29) que o caso da denúncia de importunação sexual feita pela Deputada Isa Penna (PSOL) contra o deputado estadual Fernando Cury (Solidariedade), só será analisado pelo colegiado em fevereiro, após o fim do recesso parlamentar dos deputados.
A decisão aconteceu após um parecer da Procuradoria da Alesp afirmar que o conselho só pode se reunir durante as férias parlamentares após aprovação da convocação extraordinária em plenário, pela maioria dos 94 deputados da casa.
Segundo o documento, a direção da Alesp teria que convocar todos os parlamentares em sessão extraordinária apenas para deliberar sobre a autorização de reunião do grupo de ética.
Após essa convocação do plenário, a autorização de reunião do conselho teria que ter ao menos 48 votos favoráveis para que o processo de cassação do mandato de Fernando Cury tenha andamento no colegiado durante o recesso.
A possibilidade de reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Alesp durante as férias dos deputados foi levantada pela presidente do colegiado, deputada Maria Lucia Amary (PSDB), que justificou a convocação extraordinária “diante da gravidade dos fatos e diante de todo o clamor da sociedade” sobre o caso.
O Conselho de Ética da Alesp é composto por oito membros, mas apenas uma é mulher, a própria presidente Maria Lucia. O deputado Carlos Giannazi (PSOL) afirmou que cederá sua cadeira para a colega de partido Erica Malunguinho, com o objetivo de aumentar a representatividade.
Informações do Portal G1
Compartilhe esta notícia