Não ficarei marcado como um presidente que deixou escapar a oportunidade de construir o novo prédio para a Câmara Municipal de Botucatu. Foi o que disse nesta sexta-feira (1º de fevereiro) o presidente da Câmara Municipal de Botucatu, Ednei Lázaro da Costa Carreira (PSB), sobre a possibilidade de o legislativo botucatuense perder o terreno doado pela Usina Açucareira de São Manuel na região do Jardim Santa Elisa, nas proximidades do novo Fórum.
Carreira argumenta que se a construção não for iniciada este ano, a área doada, de acordo com o contrato, terá que ser devolvida. Além disso, o atual prédio da Rua João Passos, já não atende as necessidades do nosso legislativo. Sei que este é um assunto polêmico e delicado, mas tem que ser enfrentado, disse o presidente.
Outro ponto destacado pelo presidente foi com relação a segurança. A nossa Câmara tem apenas uma entrada principal com escadas, acesso restrito a pessoas com deficiências físicas e não conta com uma saída de emergência. Além da entrada principal temos apenas outra saída na lateral que é a garagem do prédio, inadequada se houver necessidade de uma evacuação rápida, explicou Carreira, enfatizando que uma reforma também está descartada.
Estivemos dialogando com especialistas ligadas ? área de construção civil e uma reforma é inviável. Além do custo alto uma reforma geral deixaria o espaço físico do prédio comprometido para o trabalho legislativo cotidiano. Hoje o espaço já está restrito e os vereadores padecem com a falta de espaço para atender a municipalidade. Por isso, é necessário enfrentar esse desafio de frente e pensar no futuro, na modernização com o propósito de oferecer um local mais adequado e dotado de infraestrutura e normas de segurança para a população, servidores e legisladores, frisou Carreira.
Sobre os custos de um novo prédio ele é taxativo. A Câmara Municipal tem verba própria. Nos últimos anos a Câmara devolveu aos cofres públicos mais de R$500 mil por ano e esse dinheiro poderia ser aplicado no próprio legislativo. A construção desse novo prédio será um dos principais assuntos a serem debatidos nesse primeiro semestre. Meu objetivo é agilizar o processo para podermos iniciar a construção do novo prédio ainda neste ano, previu o presidente.
{n}Aumento de vereadores{/n}
Outro assunto bastante polêmico relaciona-se a possibilidade de a Câmara voltar a discutir o aumento no número de cadeiras que, atualmente, é de 11 parlamentares, para 15, 17 ou 19 legisladores, a partir de janeiro de 2017. Na gestão passada os vereadores votaram pela manutenção de 11 vereadores e a lei permitiria a uma cidade com o contingente populacional de Botucatu, com 140 mil habitantes, um legislativo de até 19 vereadores.
Nunca escondi de ninguém que, no meu modo de entender, a Câmara de Botucatu deveria ter 17 vereadores, para que a cidade tenha mais representatividade. Se houver interesse na discussão desse tema não terei nenhum problema em colocar o projeto em votação em minha gestão como presidente, para que o plenário debata e decida o que é melhor para a Cidade. Não vou fugir a nenhuma discussão, destacou Carreira.
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