O presidente da Câmara Municipal de Botucatu, vereador Ednei Lázaro da Costa Carreira (PSB), reuniu-se com o prefeito João Cury Neto para fazer a entrega de um cheque no valor de R$ 598.611,84, que corresponde a sobra do orçamento de R$ 3.457.000,00 que a Câmara não utilizou no exercício de 2013. O montante, que havia sido repassado no início do ano passado e não foi gasto ao longo do último exercício, agora volta aos cofres do município e reforçará o caixa da Prefeitura em 2014, podendo ser empregado em qualquer área.
Para o presidente do Legislativo é motivo de alegria e satisfação passar o cheque ? s mãos do prefeito já que demonstra a forma como os recursos públicos foram administrados pela Câmara em 2013, ano em que grande parte dos municípios enfrentou sérias dificuldades financeiras.
O prefeito João Cury saberá dar a destinação adequada para esse dinheiro. De qualquer forma será revertido ? população de Botucatu. E o papel dos vereadores é justamente zelar pelo bem estar do povo, beneficiando, principalmente, os bairros mais carentes. A forma enxuta como a Câmara trabalha está em sintonia com o modo de administrar do Poder Executivo. O dinheiro não é muito, mas pode ajudar a levar um pouco de asfalto, mais medicamentos e outros benefícios ? população, afirma Carreira.
Apesar de a Câmara ter direito a até 6% do Orçamento do Município, historicamente o repasse que é feito para fazer frente aos gastos anuais do Poder Legislativo tem ficado na casa dos 2,5%. Dentro desse repasse ainda devolvemos um pouco ao prefeito. Isso é mérito dos vereadores e de todos os funcionários da Câmara que são muito zelosos no trato com o dinheiro público, enfatiza o presidente.
O prefeito João Cury Neto, que ao receber o cheque estava acompanhado do vice-prefeito, Antonio Luiz Caldas Júnior e do secretário municipal de Fazenda, Luiz Augusto Felippe, destacou que mais do que o valor, importante mesmo é simbolismo desse gesto feito, demonstrando capacidade administrativa. Realça que a Câmara de Botucatu é um exemplo, lembrando que muitos legislativos não sabem eleger prioridades.
Cury frisa que a devolução dos recursos não acontece em razão da Câmara não saber o que fazer com os recursos, mas como resultado de uma capacidade de gestão diferenciada. Lembra que o Poder Legislativo muitas vezes é o maior alvo das críticas, mas esse gesto demonstra que qualquer crítica ? capacidade de gestão da Câmara, não procede.
E eles estão devolvendo recursos ao município não porque não sabem o que fazer com o dinheiro. É porque já fizeram muito bem o que tinham que fazer com economia, permitindo ao município aumentar a sua capacidade de investimento nas mais diferentes áreas. Isso não é comum, pois a grande maioria das Câmaras consome, praticamente, todo o orçamento a que tem direito, observou o prefeito.
Segundo o chefe do Executivo, os recursos devolvidos serão investidos nas mais diferentes áreas, já que se trata de recurso de livre movimentação. Vem aí o período das chuvas que geralmente demanda muito trabalho e investimento principalmente do setor de obras. Esses recursos poderão ser usados, por exemplo, nessas emergências. Essa integração entre os poderes é muito importante, coloca. Temos um legislativo que não é subserviente e que nos permite caminhar juntos nos projetos de interesse do município. Quem ganha com isso é a população, finaliza Cury.
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