A primeira reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar uma denúncia de suposto desvio de verba pública envolvendo o vereador Renan Pereira Ebúrneo (PTB) ocorreu na noite desta quarta-feira (23) em Pardinho (SP).
A CEI aprovada pelo legislativo na sessão do dia 17 de março conta com três parlamentares que foram sorteados para acompanhar as investigações sobre o suposto crime de peculato.
A denúncia aponta que Renan Ebúrneo teria combinado o pagamento de um equipamento de som usado em uma festa particular e pedido à assessora da prefeitura a emissão de nota fiscal. Ele nega as denúncias que vieram à tona depois do vazamento de áudios nas redes sociais.
A reunião desta quarta, acompanhada pelo jurídico da Câmara dos Vereadores do município, definiu os primeiros passos da investigação, como os documentos a serem periciados e as testemunhas ouvidas. A CEI tem, a princípio, 90 dias para ser concluída.
Além do caso do vereador, a Polícia Civil de Botucatu também apura um suposto esquema de corrupção na prefeitura envolvendo cinco servidores municipais na compra de mais de R$ 18 mil em produtos que seriam pra uso pessoal dos servidores, como sapatos, bolsas e cuecas.
A polícia disse que já foram ouvidas mais de dez pessoas, mas deve ouvir novas testemunhas, sendo os proprietários das lojas onde os produtos foram comprados em Botucatu e, ainda, outros envolvidos no caso.
Entre os dias 17 e 20 de janeiro, a Prefeitura de Pardinho fez compras em papelarias e lojas esportivas de Botucatu.
As compras levantaram suspeita de superfaturamento pelos altos preços dos produtos. Áudios de conversas indicam que as compras teriam sido autorizadas por Antônio Carlos Corulli, conhecido como “Tai”, chefe de compras da prefeitura.
Entre os itens adquiridos pela prefeitura estão canetas no valor de R$ 150 a unidade, mochilas a R$ 449 e tênis e sapatos comprados a mais de R$ 400. O total das notas fiscais das compras soma quase R$ 18 mil.
As compras de material escolar e sapatos seriam para crianças que são acolhidas na Casa Transitória do município em situação de vulnerabilidade. Mas, segundo as denúncias, os produtos, na verdade, foram destinados para uso pessoal de funcionários públicos que trabalham na Secretaria de Assistência Social.
Fonte: portal G1
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