Botucatu tem 5 candidatos a Deputado; quem terá sucesso nas urnas no domingo???

Política
Botucatu tem 5 candidatos a Deputado; quem terá sucesso nas urnas no domingo??? 04 outubro 2018

 

No próximo domingo, 07, os brasileiros votarão para Presidente, Governador, Senadores e Deputados. Hora de conferir se as propostas dos postulantes aos seus cargos previamente anunciados terão um resultado efetivo nas urnas. A eleição para o legislativo é sempre mais complexa e a escolha nem sempre é tão simples.

Em Botucatu, faltando três dias para as eleições, cinco homens disputarão vagas na Assembleia Legislativa e Câmara Federal. Deputado. Você sabe até então quais são os nomes da cidade que se colocaram no pleito? Vamos lá então.

Busca pela reeleição

Fernando Cury tenta a reeleição (Foto Alesp)

Tentando a reeleição para Deputado Estadual temos Fernando Cury (PPS). Vice-presidente de seu partido, o legislador obteve em 2014 um total de 85.925 votos, com uma estruturada campanha que colocou um botucatuense novamente na Assembleia Legislativa após 20 anos. O último antes dele foi Milton Flávio em 1994 (Nas outras vezes que assumiu era suplente).

Essa eleição será ainda mais difícil para Cury, pois terá que obter um arranque de pelo menos 40 mil votos em Botucatu para buscar o resto lá fora. Teve novamente estrutura e a presença novamente do seu principal cabo eleitoral na eleição passada, João Cury, agora Secretário Estadual da Educação.

Lembrando, como já publicou o Acontece há meses, João Cury quase foi candidato a Deputado Federal. Sem a necessidade de buscar votos para si ou com dobradinhas partidárias, como seria com Caio Coube em Bauru, João teve mais liberdade para ajudar o irmão, como fez em 2014 quando era Prefeito.

Diga-se de passagem, na eleição de 2014 o então Prefeito disse que estaria envolvido até o pescoço caso o irmão fosse candidato, o que se concretizou, embora João Cury tenha dividido seu tempo na campanha de Aécio Neves na oportunidade. Embora que de forma mais tímida, Cury teve o apoio do atual Prefeito, Mário Pardini.

Nova liderança na REDE 

Mockus se coloca como um representante da nova política oferecida pela REDE

Outra opção já apresentada é a do jovem Giovanni Mockus, que este ano se tornou a novidade pela REDE Sustentabilidade, partido de Marina Silva. Com apenas 24 anos, se apresenta como uma alternativa política, aliás, tem atuado para justamente criar uma rede com novas lideranças.

Mockus é co-fundador e dirigente nacional da REDE ao lado da ex-senadora e candidata à Presidência da República Marina Silva. Entre suas experiências no mundo político, teve uma passagem como Assessor Legislativo da legenda na Câmara dos Deputados, sendo inclusive um dos autores da ação que derrubou o mandato de Paulo Maluf.

Não teve estrutura, muito menos poderio financeiro para alavancar sua campanha, mas procurou compensar com sola de sapato, gasolina e intensa atividade nas redes sociais. Se não for eleito, poderá reforçar sua imagem para as eleições municipais em 2020.

Botucatu x Pardinho x Botucatu

Jean Brito é candidato pelo Avante

Jean Brito, Policial Militar, tenta uma vaga na Assembleia Legislativa este ano pelo partido Avante. Nunca teve um cargo eletivo, mas já emplaca sua segunda candidatura. Em 2016 ele se colocou com a alternativa para a Prefeitura de Pardinho, cidade que há décadas tinhas a figuras rivais de Fião (Já falecido) e Dito Rocha (atual Prefeito).

Na oportunidade o Sargento da PM teve 191 votos concorrendo pelo PV, ficando em terceiro lugar. Apesar de ser botucatuense e ter residência aqui, trabalha há muitos anos em Pardinho.

Peso pesado da Política nacional

Milton Monti é uma figura de peso na política nacional

A situação de Milton Monti no início de 2018 era nebulosa. O PR não contaria mais com Tiririca, dono de 1.016.796 votos, número que levou mais candidatos do PR e deu mais segurança para tantos outros. Para complicar, João Cury poderia (e tiraria) votos importantíssimos de Monti por aqui.

Com a desistência do ex-prefeito de Botucatu e a volta do Palhaço Deputado para a disputa a situação ficou bem melhor. Dono de 115.942 votos em 2014, Miltinho não precisou dos votos de Tiririca, diga-se de passagem, e espera manter essa “independência”.

Nas redes sociais Milton Monti não goza lá de tanta popularidade, pelo menos em Botucatu. Sua atuação junto ao governo Michel Temer desencadeou uma série de críticas ao Parlamentar. Mas é bom lembrar que justamente essa relação com o Temer e seus ministros fez com que Botucatu ganhasse conquistasse com mais rapidez obras como o viaduto Jardim Paraíso/Jardim Cristina, entre verbas para o HC e pautas para o Prefeito de Botucatu em Brasília.

Monti tem seu Escritório Político em Botucatu e é figura mais constante por aqui (eleitoralmente falando), do que propriamente sua cidade natal, São Manuel, onde está sua casa e sua família. Nos corredores mais sombrios dos bastidores discute-se (lá no fundo, no fundo) sua participação na desistência de João Cury a candidatura a Deputado Federal, embora ele negue. Tentando seu sexto mandato como Deputado Federal, é incontestável o seu peso e inteligência política para ser reeleito.

PSOL busca crescimento 

Daniel Carvalho, aguerrido defensor das ideias do PSOL Botucatu foi o último se colocar como candidato a Deputado Federal. A tarefa é muita dura, já que o PSOL tradicionalmente elege Ivan Valente, aquele mesmo, do carinhoso vídeo sobre as ideias de João Cury como Secretário da Educação para o voucher da merenda e transporte escolar.

Apesar de bem votado em 2014 (com 168.928 votos), Valente, considerado um dos melhores Deputados pelo site Congresso em Foco, não é nenhum fenômeno musical/circense para levar sob suas asas outros candidatos de seu partido.

Daniel não teve estrutura e gastou muita lábia tentando convencer os eleitores em Botucatu e ter uma votação mais digna do que obtida em 2016, quando recebeu apenas 786 votos como candidato a Prefeito. Para se ter uma ideia, 18 candidatos a vereador tiveram mais votos que ele. Essa conta precisa melhorar no domingo, 07.

Essas são as opções. Claro, como ainda não temos o voto distrital, todos ganharão a concorrência dos chamados forasteiros, que tradicionalmente se juntam aos políticos, lideranças e profissionais de campanha que trabalham intensamente para arrebatar os votos botucudos.

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