Umas das votações mais surpreendentes deste pleito foi do Deputado Federal Milton Monti (PR). Com 54.543, ele perde sua primeira eleição desde 1983, quando foi eleito Prefeito de São Manuel com apenas 21 anos.
Monti tentava emplacar seu sexto mandato como Deputado Federal (98, 2002, 2006, 2010 e 2014). Sua votação em 2018 foi muito inferior aos 115.942 votos da última eleição.
Em Botucatu Monti ainda foi o mais votado entre os candidatos a Deputado Federal, obtendo 8317 votos, mesmo assim distante dos mais 17 mil conquistados em 2014. Mesmo assim essa diferença não seria suficiente para buscar uma cadeira em Brasília novamente.
O deputado possui atuação e escritório mantidos em Botucatu. Em sua cidade natal, São Manuel, a votação foi ainda mais frustrante, 3.070, perdendo para outro filho da terra, Fernando Capez (PSDB), que emplacou 4.246 votos. Monti teve atuação destacada em recurso para a Unesp, o viaduto de ligação entre Jardim Cristina e Jardim Paraíso, além de intermediar pautas em Brasília com Ministros para o Prefeito de Botucatu Mário Pardini.
O deputado foi o oitavo mais votado de se seu partido, que elegeu 7 nomes, ou seja, fica com a primeira suplência do PR:
Tiririca – 453.855
Policial Katia Sastre – 264.013
Capitão Augusto – 242.327
Marcio Alvino – 135.844
Paulo Freire Costa – 109.461
Miguel Lombardi – 93.093
Luiz Carlos Motta – 75.218
Lava Jato e Michel Temer
Milton Monti pode ter sido vítima da Lava Jato, pois foi citado em 2017 em inquérito após delação de Pedro Leão, que apontava o deputado como um representante de Valdemar Costa Neto após investigação Valec, estatal ligada ao Ministério dos Transportes e responsável pelas obras da Ferrovia Norte-Sul.
Milton Monti sempre rechaçou qualquer ligação com a Lava Jato, se dizendo injustiçado em um depoimento sem provas. Mas não foi só isso.
Em 2017 o sim do Deputado Milton Monti (PR) ao relatório que pedia a rejeição das denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer causou indignação nas redes sociais. O próprio Deputado admitiu em recente entrevista que poderia perder votos com a situação, mas que não poderia permitir que o Brasil derrubasse mais uma vez um presidente.
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