O 2º Pelotão da Polícia Militar Ambiental de Botucatu com os soldados Viotto e Andrade, durante patrulhamento rural pela Rodovia Lázaro Cordeiro de Campos, na altura do km 266, Município de Bofete SP, depararam com um tamanduá mirim, atravessando a rodovia em estado de saúde, aparentemente, debilitado.
Diante dos fatos, foi feito a contenção do animal silvestre que corre risco de extinção, pois o tamanduá encontrava-se na iminência de ser atropelado por veículos que trafegam por aquela rodovia. Uma vez capturado o animal foi encaminhado ao Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (CEMPAS) da Unesp de Botucatu, ficando aos cuidados do professor doutor Carlos Teixeira para exames clínicos e tratamento com o objetivo de ser reintroduzido no seu habitat natural.
É no CEMPAS que são trazidos diferentes espécies de aves e animais resultado de apreensões feitas pela Polícia Ambiental, Patrulha Rural da Guarda Civil Municipal (GCM), vítimas de atropelamentos em estradas ou ainda vindos de pessoas que criam os animais e depois resolvem abandoná-los. O Centro é em verdadeiro zoológico dentro de um centro de pesquisas científicas.
Teixeira afirma que os animais que foram retirados de seu habitat natural e tiveram pouco convívio com o ser humano são tratados, recuperados e soltos. Porém, ele alerta que não é aconselhável soltar animais, indiscriminadamente, na natureza.
Muitos animais que mantemos aqui são condenados a soltura, pois estão muito humanizados, ou seja, não conseguem viver sem a presença do homem e se retornarem ao habitat natural, seguramente, não sobreviveriam. Por isso são tratados e alguns deles são transferidos para zoológicos ou criadouros conservacionistas, outros permanecem aqui para serem pesquisados e são base para teses e doutorados. Porém, essas pesquisas não envolvem a eutanásia (morte do animal), explicou o especialista.
Mesmo aqueles que ainda estão em condições de viverem em liberdade na natureza têm que ser soltos de maneira adequada, pois no reino selvagem existe uma competição muito intensa pela disputa de território e não são raros os casos em que animais são mortos por um rival. Então, o ideal é soltar os animais o mais próximo possível do lugar de onde foi retirado, acrescentou o professor da Unesp.
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