Suspeito de liderar ataque em Botucatu é preso quando se preparava para fazer cirurgia em SP

Polícia
Suspeito de liderar ataque em Botucatu é preso quando se preparava para fazer cirurgia em SP 31 outubro 2020

 

Carlos William Marques de Jesus, conhecido como Grandão, quando ele se preparava para fazer uma cirurgia em um hospital na região da Avenida Paulista — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Policiais Civis de SP prenderam Carlos William Marques de Jesus, conhecido como Grandão, quando ele se preparava para fazer uma cirurgia em um hospital na região da Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde desta sexta-feira (30). Segundo a investigação, ele é suspeito de ter participado do ataque da quadrilha que explodiu uma agência bancária e aterrorizou moradores de Botucatu, no interior de São Paulo, em 30 de julho deste ano.

Grandão era um dos dois últimos foragidos pelo crime. Oito pessoas já haviam sido presas pela ação.

Segundo a polícia, Grandão estava na maca, ainda de avental, já sob efeito de sedação para fazer uma retirada de projéteis balísticos. Ele foi atingido durante troca de tiros entre os assaltantes e os policiais durante o assalto ao banco em Botucatu.

O nome do hospital que realizaria a cirurgia não foi divulgado pela polícia por medida de segurança. Ainda de acordo com os investigadores, Grandão ainda tentou fugir, mas foi dominado pelos policiais.

Ele apresentou documentos falsos para fazer a cirurgia e negou que estivesse procurado pela Justiça.

Os policiais informaram que o DNA dele foi coletado na cena do crime, no interior de SP. Depois da prisão, ele foi levado para o Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope).

Investigação

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), “as investigações realizadas até o presente momento conseguiram arrecadar provas sólidas da participação de ambos no roubo a banco ocorrido nesta cidade de Botucatu”.

A polícia informou que os irmãos Carlos Willian Marques de Jesus e Carlos Wellington Marques de Jesus, dois dos identificados pelo crime, têm uma extensa ficha criminal e são investigados por outros crimes parecidos na cidade.

De acordo com a polícia, Carlos Willian chegou a ser baleado durante a ação criminosa do mês passado e pagou para que moradores o medicassem na fuga.

O delegado do caso informou que, além dos oito presos e dos dois irmãos, a polícia já identificou mais de 10 pessoas suspeitas de participação na ação criminosa de julho.

Outros presos

Até agora, oito suspeitos de participação no ataques foram presos. As últimas duas prisões aconteceram em 5 de agosto, quando a polícia achou a dupla em um apartamento em Botucatu onde havia marcas de sangue, o que seria um indicativo de que eles acolheram algum criminoso no dia do crime. Segundo a polícia, eles confessaram essa participação.

Dois dias antes, a polícia havia prendido também quatro mulheres e um homem suspeitos de ajudarem na fuga dos criminosos. Na noite do dia 4, um homem de 42 anos foi preso em São Paulo, e a polícia confirmou que ele teve participação direta no ataque. Todos estão presos preventivamente.

Ataques

Segundo a polícia, o ataque em Botucatu em agosto durou cerca de três horas e pelo menos 40 homens teriam participado da ação criminosa. Na ação, os bandidos fizeram moradores reféns e roubaram uma joalheria.

A troca de tiros intensa foi ouvida de vários pontos da cidade e balas atingiram imóveis em uma das ruas usadas como rota de fuga do bando. Na tentativa de acalmar a população da cidade, um padre fez uma live durante os ataques e pediu proteção.

Dois policiais ficaram feridos durante o confronto na madrugada e já se recuperaram . Imagens de circuito de segurança registraram o momento em que um deles é atingido por tiros.

Fonte: Portal G1

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