As rodovias SP-300 Marechal Cândido Rondon; SP-280 Presidente Castello Branco faz da região de Botucatu um corredor para o tráfico internacional de entorpecentes. A afirmação é do delegado titular de Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE), Carlos Antônio Improta Julião Filho.
Nossas rodovias como a Marechal Rondon chega até o estado do Paraná que faz divisa com o Paraguai, país apontado com um dos maiores exportadores de maconha do mundo. Também a Castello Branco chega até o Mato Grosso do Sul, que faz divida com a Bolívia, reconhecidamente, um dos maiores fabricantes de cocaína do planeta. A droga sai desses países, entram pelos estados brasileiros e passam por nossa região, explana o delegado. Porém, a droga não fica aqui e segue para São Paulo onde, parte dela, faz conexão para o Rio de Janeiro pela Rodovia Presidente Dutra, explana o delegado. Esse é o trajeto, acrescenta.
Somente no mês de maio, aproximadamente, uma tonelada e meia de maconha foi apreendida pela Policia Militar, principalmente, na rodovia SP 280 Presidente Castello Branco, região do pedágio de Itatinga. Toda maconha era oriunda do Mato Grosso e tinha São Paulo como destino. Sabemos que muitos veículos passam com drogas, mas não é possível fiscalizar a todos. Felizmente, alguns são interceptados e a droga não chega ao seu destino, coloca o delegado.
Ele entende que dificilmente o tráfico será controlado. A repressão teria que começar nos países de origem das drogas. Depois que entra no Brasil, apenas uma parte dela é apreendida e não chega ao seu destino. Nós fazemos o que é possível, com os recursos que dispomos. A droga está disseminada no País e não se vislumbra uma luz no fim do túnel. Por isso a batalha entre polícia e traficante vai continuar acontecendo, conclui Julião Filho.
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