Miguel Marques Ferreira, de 19 anos de idade, que assassinou sua companheira Elisângela Rodrigues Coelho, de 23 anos, na madrugada do dia 22 de julho do ano passado e estava preso, até então, conseguiu o direito de aguardar o julgamento em liberdade. Ele foi solto no final da tarde desta quarta-feira por decisão da juíza titular da 2ª Vara da Comarca, Adriana Toyano Fanton Furukawa, que atendeu ao pedido formulado pelo advogado Danilo Carreira.
Não havia motivos para manter o réu preso, já que o tiro que matou Elisângela foi acidental e isso ficou comprovado. Estando aguardando seu julgamento em liberdade, ele (Miguel Ferreira) não irá atrapalhar o processo e vai obedecer o que foi determinado pela Justiça. Agora vamos aguardar a data do julgamento para fazer sua defesa em plenário, para o Conselho de Sentença e buscar sua absolvição, comentou Carreira.
{n}O crime{/n}
O crime aconteceu por volta das 1h30, do dia 22 de julho de 2010, na Rua 14, região do Jardim Monte Mor e foi atendido pelos policiais militares cabo Cesar e soldado Márcio, acionados pela mãe do acusado, Sandra Pereira. Quando os PMs adentraram na casa, encontraram a mulher de bruços na cama, seminua, com um tiro no peito, disparado por um revólver calibre 38, que foi enterrado no quintal da casa onde o homicídio aconteceu.
Alguns dias após o crime, Miguel Marques se apresentou na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), juntamente com seu defensor (Carreira) e alegou que o tiro que matou sua companheira foi acidental. Como já estava com a prisão temporária decretada, acabou recebendo voz de prisão, no momento em que entrou na delegacia para prestar depoimento ? delegada substituta, Rose Mary Ribeiro Dias.
Na delegacia, Miguel Ferreira, antes de ser recolhido ? Cadeia Pública local, aceitou em dar entrevista ? reportagem e revelou como o crime aconteceu. Entre outras coisas, garantiu que o tiro que tirou a vida de sua companheira foi acidental.
{n}Acontece Miguel, como isso tudo aconteceu?
Ferreira{/n} Cheguei em casa e vi que alguém saiu correndo…
{n}Acontece Do interior da casa?
Ferreira{/n} É. Não sei quem é. Vi só um vulto pulando a janela do quarto. Só sei que saiu correndo e fui correndo atrás com o revólver…
{n}Acontece Onde estava este revólver?
Ferreira{/n} – Comigo. Mas não atirei porque não vi mais ninguém
{n}Acontece Então havia uma terceira pessoa?
Ferreira{/n} – Havia. Estava lá, mas não sei quem…
{n}Acontece – E daí?
Ferreira{/n} – Daí eu voltei pra dentro e passei a discutir com ela, perguntei se estava me traindo. E ela veio pra cima de mim…
{n}Acontece – Ela veio pra cima de você que estava com um revólver na mão?
Ferreira{/n} – Foi. Veio tentando me bater e eu estava com o revólver na mão. Ela bateu na arma e disparou.
{n}Acontece Ela que acionou o gatilho?
Ferreira{/n} – Foi. Ela bateu no revólver e ele disparou. Eu fugi, mas não sabia que ela havia morrido.
{n}Acontece – E o revólver?
Ferreira{/n} – Enterrei no quintal e fugi. É isso que tenho pra falar!
{n}Acontece – E ela estava grávida?
Ferreira {/n}- Ela falava que estava desconfiada, mas não sei…
{n}Acontece – Como você conheceu a Elisângela?
Ferreira{/n} – Ela apareceu no bairro falando que tinha chegado de Pernambuco com uma amiga, acho. Nos conhecemos, ficamos e passamos morar juntos.
{n}Acontece Vocês se conheceram e já passaram a morar juntos?
Ferreira{/n} Foi. Ela não tinha onde ficar…
{n}Acontece Está arrependido?
Ferreira{/n} Muito. Isso eu nunca tive intenção de fazer.
{n}Acontece – E agora?
Ferreira{/n} – Agora vamos ver o que vai dar, né? Não queria matar ela. Foi acidente
{n}Reconstituição do crime:{/n}
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