Um preso da cadeia Pública de Botucatu, de nome Daniel, foi flagrado com dois telefones celulares na cueca em uma operação denominada Pente Fino deflagrada pela Polícia Civil, na tarde desta sexta-feira, por determinação do delegado seccional de polícia, Antônio Soares da Costa Neto.
Além desses dois celulares, outros seis aparelhos semelhantes (totalizando oito) foram localizados em poder dos presos. Os policiais também apreenderam com os detentos quatro carregadores, uma serra e, aproximadamente, 150 gramas de maconha, divididas em diversas porções. No momento da operação a cadeia contava com 104 presos.
Segundo apurou a reportagem do {Acontece} uma movimentação estranha dos presos ocasionou a desconfiança da carceragem que comunicou o fato ao diretor da cadeia que determinou a revista interna. A operação que contou com a participação de 40 policiais civis, teve início por volta das 8 horas e foi encerrada ? s 15 horas. A polícia procurou manter sigilo sobre a operação, para evitar a concentração de parentes de presos em frente ao prédio da cadeia.
Agora a polícia está investigando quem poderia ter entrado com esses objetos no pátio da cadeia. Esses objetos são trazidos por mulheres parentes de detentos na vagina e elas conseguem passar pelo detector de metais embrulhando esses objetos em fita adesiva e papel carbono, colocando em preservativos, disse um dos policiais que estiveram nessa operação, lembrando que o detector de metais está instalado em um banco onde as mulheres sentam para passar pela revista.
Outro dado interessante passado pelo policial é que a carceragem tem a informação de que alguns parentes podem ter entrado com droga (maconha e cocaína) no estômago. Ou seja, eles teriam engolido a droga antes de entrar para visita e já no interior do pátio expeliram (vomitam) os produtos, anteriormente, engolidos.
O policial alega que a última operação Pente Fino na cadeia foi realizada no mês de dezembro, onde também foram encontrados aparelhos de telefones celulares e droga com os presos. Por isso a direção da cadeia promove essas operações sempre que desconfia de que alguma coisa está errada. Para isso todos os presos são retirados das suas celas e ficam no pátio, enquanto o trabalho policial se desenvolve, disse o policial.
E ele completa: Este tipo de operação determinada pelo delegado seccional e direção da cadeia não é nenhuma novidade e é muito importante que seja feita, regularmente. A cadeia de Botucatu não é diferente de outras cadeias do Estado de São Paulo e do Brasil. Os presos sempre estão arquitetando estratégias para tentar fugir ou receber objetos proibidos que são trazidos de fora, acrescentou.
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