Foi no Ginásio de Esportes da Faculdade de Tecnologia (FATEC) de Botucatu, onde os efetivos da Força Tática e Rondas Ostensivas Com Auxílio de Motocicleta (ROCAM), da Polícia Militar de Botucatu, assistiram a uma demonstração de krav magá realizada pelo professor Bruno Dias e pela sensei Mariana Corvino, especialistas nesta arte. Os policiais iniciaram um curso de defesa pessoal, inspirado nessa técnica. As aulas não terão caráter acadêmico, nem para preparação para a luta como esporte e destina-se a treinar defesa pessoal, exclusivamente.
O krav magá é um sistema de combate corpo a corpo eclético, que envolve técnicas de luta, agarramento e golpeamento. Derivado de habilidades de briga de rua, sua filosofia enfatiza a neutralização de ameaças, manobras de defesa e ataque simultâneos e agressão. Todos os golpes são permitidos e treinados por forma a ultrapassar todo e qualquer tipo de situação de violência do modo mais rápida e eficazmente possível.
Não há regras para a prática do krav magá. Homens e mulheres recebem o mesmo treinamento. Não possui uma federação esportiva oficial, também não há uniformes oficiais ou adornos, embora algumas organizações reconheçam o progresso pelo treinamento com divisas de categoria, níveis diferentes e faixas.
Os princípios gerais incluem contra-atacar assim que possível (ou atacar preventivamente); focar ataques nas áreas mais vulneráveis do corpo, como olhos, mandíbula, garganta, virilha, joelhos, etc; neutralizar o oponente o mais rápido possível, respondendo com um fluxo contínuo de contra-ataques, e, se necessário, abater/aleijar e manter consciência dos arredores enquanto lida com a ameaça para perceber rotas de fuga, objetos úteis para defesa e ataque e assim por diante.
O treinamento básico mistura exercícios aeróbicos e anaeróbicos. Cenários são utilizados para situações típicas encontradas no patrulhamento por ruas ou em situações de combate. Outros métodos de treinamento para aumentar o realismo incluem o uso de vendas ou exercitar os alunos até a quase exaustão antes de lidar com ataques simulados, além de treinamentos em ambientes externos, em locais variados, em situações incapacitantes ou restritivas.
O treinamento também cobre o reconhecimento da situação para que o aluno desenvolva uma compreensão de seus arredores e de circunstâncias antes da ocorrência de um ataque. Ele também pode tratar de modos para se lidar com situações possivelmente violentas, e métodos verbais e físicos para evitar a violência sempre que possível.
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