Ao serem acionados para atender a uma ocorrência de desinteligência em uma chácara na Rua Conde de Serra Negra, nº 329, Distrito de Vitoriana, os policiais militares Bento, Tavares e Fátima se depararam com várias famílias (25 pessoas entre homens, mulheres e crianças) vivendo em condições subumanas.
O grupo de pessoas foi alojado, de maneira bastante precária, em uma casa que está em vias de desabamento ou baias de cavalos, sem as mínimas condições de higiene e segurança. Numa dessas baias vivia um casal com sete filhos menores.
Essas pessoas foram contratadas pela Empreiteira Gilvan José do Nascimento Construções Gerais por um cidadão identificado como João de Osasco, que as trouxe da Cidade de Embu das Artes, região metropolitana de São Paulo, para trabalhar na área de construção civil, com a proposta de fornecer salários, alimentação e moradia.
Porém, apurou a polícia que esse empreiteiro atrasou o salário dos seus contratados e seria este o principal motivo da desinteligência, além do não cumprimento do acordo. Porém, ao chegar ao local a PM detectou que a situação era muito mais grave. Até uma cobra coral foi encontrada próximo da casa onde as crianças costumam brincam, sem falar dos sapos, escorpiões, aranhas, formigas, entre outros animais e insetos peçonhentos.
Quando chegamos ao local percebemos a gravidade da situação e pedimos apoio a outras instituições como a Vigilância Sanitária em Saúde, Defesa Civil do Município e a Guarda Civil Municipal (GCM). Como também havia crianças entre o grupo solicitamos o comparecimento do Conselho Tutelar, lembra o policial Tavares.
As partes envolvidas foram encaminhadas a Central II de Polícia Judiciária onde o delegado Antenor de Jesus Zeque, confeccionou o Boletim de Ocorrência (BO) e irá abrir o inquérito policial para apurar o caso. Esse empreiteiro identificado como João de Osasco, não foi localizado na chácara, nem compareceu ? delegacia para dar sua versão dos fatos.
As famílias foram retiradas de Vitoriana e encaminhadas ? Casa Transitória e ao Centro de Atendimento ao Migrante Itinerante e Mendicância (CAMIM). O caso também foi atendido pelo CEREST-Centro de Referencia em Saúde do Trabalhador e será encaminhado para a Justiça do Trabalho para que os trabalhadores possam receber tudo a que têm direito e possam retornara para a cidade de origem.
Fotos: Jornal Acontece Botucatu
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