Polícia Civil de SP orienta motoristas contra o ‘golpe do falso frete’

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Polícia Civil de SP orienta motoristas contra o ‘golpe do falso frete’ 23 junho 2024

Criminosos se passam por clientes a procura de serviços de frete para sequestrar e roubar as vítimas; oito já foram presos no estado

Arquivo Acontece Botucatu

Uma nova modalidade de golpe tem sido alvo de investigações da Polícia Civil de SP. Por meio de aplicativos de serviços de frete, criminosos estão atraindo motoristas de caminhões para realizar sequestros e roubar os veículos.

O delegado da Divisão Antissequestro Fabio Nelson explica que os golpistas se passam por funcionários de empresas que estariam solicitando serviço de frete pelo aplicativo.

“Criminosos estão criando perfis falsos de empresas, iniciam a contratação no aplicativo e combinam o serviço. Quando o caminhoneiro chega, é sequestrado e levado para um cativeiro para garantir a subtração do caminhão. E enquanto o caminhoneiro está na mão dos sequestradores, o grupo faz movimentações financeiras no celular do trabalhador e eventualmente liga para a família para exigir um valor de resgate”, afirma.

O delegado orienta que, ao receber o pedido de frete, os motoristas pesquisem sobre o solicitante, procurem o contato da empresa e liguem para confirmar se a solicitação para o serviço realmente existe.

O “golpe do falso frete” passou a ser registrado pela polícia paulista no final do ano passado. Pelo menos oito suspeitos já foram presos no estado em meio às investigações da Divisão Antissequestro.

De acordo com as apurações, os grupos se dividem em setores, com encarregados de cuidar da logística do crime, do cativeiro para onde as vítimas são levadas e do caminhão. Na maioria das vezes, os veículos são levados para outras regiões do estado e até para fora do país.

No início do ano, três homens suspeitos de integrarem uma quadrilha foram presos em Guarulhos, na Grande São Paulo. Já neste mês, outras cinco pessoas envolvidas no golpe do falso frete também foram detidas. Quatro delas foram presas após mandados de prisão e busca e apreensão autorizados pela Justiça.

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