Na manhã desta sexta-feira, delegados e investigadores da Polícia Civil de Botucatu, sob o comando do delegado seccional de polícia, Antônio Soares da Costa Neto, realizaram uma mega operação no Centro Popular Comercial de Botucatu, conhecido, popularmente, como Camelódromo, na Rua Curuzu, região central da cidade.
Munidos de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, os policiais invadiram as bancas e recolheram CDs e DVDs dos comerciantes que não apresentaram nota fiscal dos produtos. Nas bancas que estavam fechadas foi necessário os policiais arrombarem a porta de ferro para apreender os materiais.
Segundo apurou reportagem, foram recolhidos 26 mil CDs e DVDs de diferentes autores e gêneros. Toda apreensão foi encaminhada ao 1º Distrito Policial (DP) para serem catalogados um a um. Posteriormente, caso não sejam apresentadas as notas fiscais, tudo o que foi apreendido deverá ser destruído.
Essa operação foi feita em razão dos artistas reclamarem da pirataria no Brasil. Isso não foi feito só aqui em Botucatu. Por isso, elaboramos essa operação e fizemos o recolhimento de todos os CDs e DVDs que não tinham nota fiscal. Essa operação também foi realizada em outros pontos da cidade em estabelecimentos suspeitos de estarem comercializando produtos pirateados, observou o delegado seccional.
Costa Neto afirma que na operação apenas CDs e DVD piratas foram aprendidos. Não fizemos a operação visando produtos eletrodomésticos contrabandeados, pois este é trabalho da Polícia Federal. Nossa missão foi a de apreender somente CDs, DVDs e remédios. Vender produtos pirateados é crime, assegurou o delegado.
Sobre o fato de estourar as portas de ferro, o delegado seccional foi taxativo. A gente não queria isso, mas, infelizmente, tivemos que estourar algumas portas de ferro, já que os proprietários se recusaram a abrir ou não estavam presentes no momento da operação. Os que estavam com as portas abertas e colaboram com o trabalho policial não tiveram problemas. E fizemos isso com o mandado judicial, finalizou Costa Neto.
{n}{tam:25px}Fábrica de CDs e DVDs piratas{/tam}{/n}
Ainda nessa sexta-feira, no período da tarde outro flagrante foi realizado no Camelódromo, envolvendo um casal que trabalha no boxe 20 (banca). Isso porque o proprietário dessa banca, logo que os policiais foram embora, trouxe novos títulos de CDS e DVDs para vender. Ele foi denunciado e a Polícia Civil realizou novo flagrante de apreensão de produtos pirateados.
Prosseguindo as investigações os policiais deslocaram-se até a casa do indiciado na Rua Padre Euclides, na Vila Maria, e desbarataram uma verdadeira fábrica de CDS e DVDs piratas. Foram apreendidas 12 mil peças entre capas, mídias (DVDs virgens), títulos já confeccionados e prontos para venda, que deverão ser destruídos. Na casa ainda haviam duas copiadoras, para fazer os títulos falsificados.
O casal de vendedores ambulantes, foi conduzido ao 2º Distrito Policial (DP), onde prestou depoimento ao delegado Marcos Sagin Campos e liberado. Está sendo apurado se esse casal abastece outros vendedores que tem bancas no Camelódromo
Fotos e video: Macaru / Valéria Cuter
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