Na manhã deste sábado (31) o jornal Acontece Botucatu registrou o encontro do sargento Rosivaldo Dias, com Lucila Petty Pereira e Paulo Pereira, pais da menina Júlia que o PM ajudou a salvar, via telefone, no último dia 25 de março.
A menina quando estava sendo amamentada pela mãe teve uma parada cardiorrespiratória e, por telefone, Rosivaldo deu todas as instruções necessárias para que a criança fosse reanimada e chegasse com vida ao Pronto Socorro de Areiópolis e, posteriormente, transferida ? Pediatria da Unesp de Botucatu onde foi internada e está se recuperando, gradativamente.
A emoção é muito grande, pois ele conseguiu, apesar do momento difícil que a gente estava vivendo, passar segurança e tranqüilidade para nós. Seguimos todas as suas recomendações e quando chegamos ? porta do Pronto Socorro minha filha chorou. Se não fosse por ele (PM) a menina não teria sobrevivido porque a gente não sabia o que fazer. A Júlia é nossa primeira filha e foi aguardada com muito carinho, comentou Lucila.
Paulo Pereira alegou que não sabe de onde tirou forças para ter calma e fazer o que estava sendo recomendado. Eu estava com a criança no colo e minha mulher conversando com o policial pelo celular. Era ela quem me passava ás orientações e eu fui fazendo exatamente o que o sargento mandava. Graças a Deus deu tudo certo e estou feliz por conhecê-lo pessoalmente e agradecer o que fez por nós e pela nossa filha, frisou Paulo.
Para Rosivaldo, o encontro com os pais ficará marcado. Nossa missão como policial militar é trabalhar para nosso semelhante e nesse episódio de poder ajudar esse casal foi gratificante, principalmente, ao saber que tudo terminou bem e a criança vem se recuperando de maneira positiva, colocou o policial.
Aproveitando esse caso o policial ressaltou que é necessário que as pessoas tenham consciência e não passem trotes ao telefone 190. Da mesma forma que esse casal foi atendido, outras pessoas também podem necessitar de ajuda no momento em que é feita essa brincadeira. Possivelmente, naquela hora (da menina Júlia), se estivesse havendo um trote, a criança poderia não ter sido socorrida ? tempo. Por isso, pedimos que os pais orientem seus filhos quanto a esta situação. O trote é considerado crime e pode resultar em prisão, alerta Rosivaldo.
{n}Relembrando o caso{/n}
No dia 21 de março de 2012, Lucila Pereira, deu a luz a uma menina que recebeu o nome de Júlia que após ter alta foi levada para casa no Município de Areiópolis. No dia 25, quatro dias após seu nascimento, por volta das 5 horas da madrugada, o bebê teve uma parada cardíaca e o pai (Paulo Pereira) tomado pelo desespero tentou acionar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), mas acabou ligando para o telefone 190 da Polícia Militar de Botucatu.
Naquele momento estava em serviço no Comando da Polícia Militar (COPOM) o soldado temporário Gustavo, que atendeu a ligação e percebendo que era um caso grave, passou a ligação ao sargento Rosivaldo que deu as orientações necessárias permitindo que a criança chegasse com vida até o Pronto Atendimento do Município de Areiópolis, mas em virtude da gravidade do caso foi conduzida ao Pronto Socorro (PS) de São Manuel e, posteriormente ? Unesp, de Botucatu. A criança recebeu os cuidados médicos necessários e foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em razão dos graves problemas apresentados e permanece internada se recuperando.
Rosivaldo lembra que quando recebeu a ligação percebeu o desespero dos pais e sua primeira atitude foi fazer com que mantivessem a calma. A mãe me disse que a criança havia engasgado e não sentia o seu coração. Procuramos passar as orientações e os procedimentos a serem adotados e quando estava chegando ao hospital a criança chorou. Foi um alívio. Felizmente, foi atendida, medicada e internada e tudo terminou bem, disse o sargento. Só cumpri a minha obrigação de policial militar que tem como principal atribuição trabalhar para servir o semelhante, acrescentou.
Fotos: Valéria Cuter
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