PM realiza megaoperação de receptação no Bairro Alto

Polícia
PM realiza megaoperação de receptação no Bairro Alto 21 dezembro 2010

Na tarde desta terça-feira uma mega operação foi deflagrada pela Polícia Militar (PM) de Botucatu na região do Bairro Alto, onde foi apreendida grande quantidade de produtos que, segundo suspeitas da polícia, são oriundos de receptação.

Por todos os cômodos da casa, os policiais encontraram materiais como aparelhos eletrodomésticos, filmadoras, telefones celulares, compressor, bicicletas, materiais de construção, jóias, peças de carros, dezenas de documentos pessoais, relógios, três veículos de passeio, entre muitas outras coisas.

Os policiais invadiram a casa munidos de um mandado de busca e apreensão expedido pela juíza Adriana Toyano Fanton Furukawa. Os policiais receberam a informação de que o proprietário dos produtos era suspeito de trocar os produtos por drogas, como maconha e crack.

““Era essa a informação que nós tínhamos, mas não localizamos droga na casa. Possivelmente, ele reservava essa residência para guardar os produtos que recebia dos dependentes químicos que furtaram objetos de seus familiares para conseguir droga. Grande parte do que foi apreendido já era usado””, salienta o oficial da PM.

“Além disso, muitos documentos foram achados. Isso pode caracterizar que a pessoa pegava a droga e deixava o documento como garantia para resgatar quando conseguisse dinheiro para quitar a dívida ou algum produto que fosse do interesse do receptador. Tudo isso será, devidamente, esclarecido nas próximas horas”, acrescentou.

Tudo que a PM apreendeu foi conduzido ao Plantão Permanente para passar por uma perícia, mas a PM adianta que 80% dos produtos não têm nota fiscal. “O proprietário está foragido e somente quando for detido poderá explicar a origem de todo esse material que apreendemos. O trabalho agora consiste em documentar tudo”, acrescentou Freitas.

A mulher do suspeito alegou que desconhece qualquer envolvimento do companheiro com droga. ““Isso pra mim é surpresa. Sei que ele faz muito “rolo”, compra e vende materiais, mas nunca me meti nos negócios dele. Não sei se tudo isso tem nota fiscal, tem que ver com ele. Não sei de nada sobre isso. O que posso falar é que ele vivia trocando e comprando coisas e guardando em casa. Não tinha lugar para mais nada. Até cavalos chegou a comprar e queria deixar no quintal””, comentou a mulher.

Toda a apreensão feita da PM foi conduzida ao Plantão Permanente onde o delegado Celso Taira, confeccionou o Boletim de Ocorrência (BO), após ouvir a mulher que prestou depoimento e foi liberada. Agora a polícia está à procura do suspeito para que possa explicar a origem de tudo que apreendido nessa megaoperação policial.

Fotos: Valéria Cuter

 

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