A Polícia Militar Ambiental de Botucatu está comunicando aos pescadores amadores e profissionais que no próximo dia 28 de fevereiro (sexta-feira) será encerrado o período da piracema, que entrou em vigor dia 31 de novembro do ano passado. Nesse período a pesca fica proibida para respeitar o período de desova (reprodução) dos peixes.
Piracema ocorre entre os meses de outubro a março e os peixes que migram para reprodução precisam nadar contra a correnteza em uma subida árdua até as cabeceiras dos rios, para se reproduzirem. Durante este evento, os peixes gastam muita energia, o que contribui para queima de gordura acumulada no corpo e se tornam presas fáceis e a captura em excesso compromete a reprodução.
Não são raros os casos em que os peixes encontram obstáculos muitas vezes fatais como barragem no leito de um rio, onde se lançam contra a parede e morrem. Esse ciclo de reprodução dos peixes acontece todos os anos e representa um exemplo de luta pela vida.
A Ambiental de Botucatu atende a 26 municípios da região, agregando uma população estimada em 500 mil habitantes e as três maiores represas do Estado de São Paulo: Barra Bonita, Chavantes e Jurumirim. O território alcança 15 mil quilômetros quadrados de área terrestre, 1.000 quilômetros quadrados de rios e 1.500 quilômetros quadrados de represas.
O comandante da Polícia Ambiental de Botucatu tenente Henrique Nascimento enfatiza que é necessário que o pescador conheça seus direitos e deveres quando praticar a pesca. A polícia não quer estragar o lazer de quem quer que seja, mas tem, por força de lei, que punir aquelas pessoas que não respeitam as normas pesqueiras, como a piracema, que incluem tamanho de peixes, quantidade, maneira de pescar sem predação, entre outras coisas, disse o comandante, lembrando que o telefone da Ambiental é (14) 3882-6070.
As restrições na pesca durante o período da piracema, continua o comandante, tem como objetivo garantir que os peixes nativos da região possam se reproduzir. O período da piracema é fundamental para a reposição das espécies que vivem nos rios, barragens e represas do Estado e a polícia está atenta para fazer com que as normas sejam cumpridas, alertou.
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