Equipe da PM que prendeu parte de quadrilha em Botucatu
Um golpe antigo voltou à tona em Botucatu nos últimos dias, o do motoboy e cartão clonado (veja reportagem em vídeo abaixo). Diversas vítimas estão nesta quinta-feira, 03, no plantão permanente da Polícia Civil após a prisão de três elementos de uma quadrilha que estava operando em Botucatu.
No golpe tudo começa com a informação de que uma compra anormal foi feita em nome da vítima e a partir daí começa um trabalho minucioso dos criminosos que conseguem os cartões dessas pessoas.
Os prejuízos são enormes e envolvem transferências, pix e saques após terem a posse do cartão. Uma das muitas vítimas em Botucatu perdeu aproximadamente R$ 500 mil esta semana.
Após um dos episódios de atuação dos estelionatários, o filho de uma das vítimas conseguiu imagens dos suspeitos com um veículo e descobriu o paradeiro dos mesmos, um hotel da cidade. Nesta manhã uma operação policial prendeu estes elementos com cartões, dinheiro e até entorpecentes.
Como eles agem?
Os casos envolvem estelionatários que atuam de forma simultânea em três frentes. O objetivo final é ter a posse do cartão com senha fornecidos pela vítima.
Basicamente ele funciona da seguinte maneira:
-Uma pessoa entra em contato com o correntista, que figura como vítima e se identifica como sendo de uma seguradora, dizendo que foram feitas compras em seu cartão em outra cidade. O golpista pergunta se a compra é da vítima, que de pronto nega.
-Após isso, o criminoso diz para a vítima a necessidade de se ligar para uma central e em poucos minutos passam um número de protocolo. A vítima liga para essa mesma central, o mesmo número e esse canal é interceptado, caindo para o outros golpistas do mesmo grupo.
-Como eles já sabem o protocolo que o golpista anterior passou, pedem para o cliente digitar a senha e no desespero, após as falas informações de clonagem, cliente fornece.
-Na continuação, os estelionatários dizem que em alguns minutos eles vão mandar um motoboy na casa da vítima para recolher o cartão que teria sido clonado, pedindo ainda que não desligue o telefone até a chegada do funcionário.
-De posse do cartão e da senha divulgada, os golpistas conseguem fazer as transações presenciais como se fossem clientes. Isso ocorre até o cliente perceber que caiu no golpe.
-O golpista inicialmente não sabe qual o banco do cliente, induzindo a vítima a dar essa informação. Segundo levantado pelo Acontece, diversos clientes de vários bancos já foram vítimas desse golpe.
Banco não pede informações
Importante ressaltar que o banco não liga pedindo senha, que a seguradora citada não existe e o banco não manda motoboy na residência do cliente. Caso isso ocorra, se atente ao golpe. A Polícia Civil já registrou diversos casos semelhantes.
Segundo representantes dos bancos em Botucatu, esse golpe é antigo e voltou a fazer vítimas em Botucatu e região. Nessas hipóteses de golpe, ligue para a Polícia Militar (190) e Guarda Municipal (199)
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