Uma operação da Polícia Civil de Lençóis Paulista (SP) é realizada desde a madrugada desta quarta-feira (31) para prender uma quadrilha estelionatários. O grupo é suspeito de aplicar golpes usando aplicativos de compra pela internet. Eles vendiam produtos eletrônicos, mas – depois do pagamento efetuado – não enviavam aos compradores.
Ao todo, 28 mandados serão cumpridos durante a operação, sendo 13 de prisão temporária e 15 de condução coercitiva, que é quando os suspeitos são levados até a delegacia para prestar depoimento.
Os trabalhos de cerca de 80 policiais civis começaram por volta das 5h. Até agora, 26 pessoas já foram levadas para a delegacia de Lençóis Paulista. Dois deles foram presos em Bauru.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Luiz Cláudio Massa, a quadrilha anunciava a venda de celulares, video games, notebooks e outros aparelhos eletrônicos pela internet. Para efetuar a compra, usavam os chamados laranjas, pessoas contratadas pela quadrilha para passar o número da conta bancária, mas que, segundo a polícia, não teria nenhum envolvimento efetivo com a organização criminosa.
Os compradores depositavam o dinheiro, mas nunca recebiam os produtos. Ainda de acordo com a Polícia Civil, existem pelo menos 80 boletins de ocorrências registrados de vítimas desta quadrilha, que são de pessoas, principalmente, do Estado de São Paulo, mas também há de outros estados.
“Nós conseguimos chegar até a quadrilha através de escutas telefônicas, quebra de IP de computador, chegar até os líderes. E agora temos vários mandados sendo cumpridos, de prisão e condução coercitiva, mas caso não colaborarem com as investigações poderão ter a situação revertida para prisão”, explica o delegado.
A Polícia Civil acredita que existam mais de 300 vítimas do grupo e a suspeita é que eles tenham arrecadado pelo menos R$ 150 mil com esse golpe. Eles compravam carros de luxo, motos e davam festas, ostentavam toda essa vida de luxo resultado do crime nas redes sociais.
“Com veículos importados, eles causavam uma boa impressão nas redes sociais. Por conta disso eles anunciavam vários produtos de bastante apelo popular, como Iphone, drones, e daí usavam contas de laranjas, que eles pagavam uma porcentagem, para que as vítimas depositassem o dinheiro e daí eles não enviavam esses produtos vendidos”.
Fonte: Portal G1
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