Uma nova onda de golpes de sequestros falsos, comunicados por telefone a parentes de supostas vítimas, está acontecendo em São Manuel. Nos últimos dias, várias pessoas procuraram a Delegacia de Polícia Civil, vitimadas pelo golpe. Casos semelhantes também foram registrados de Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Botucatu, que é responsável por uma área que agrega a 11 municípios.
A estratégia dos marginais é sempre a mesma e além do pedido de dinheiro existe a tortura psicológica a qual são submetidas ? s vítimas com os bandidos ameaçando matar o filho, pais, genro e os netos, etc, que, supostamente estariam nas mãos dos marginais. Naquele momento de desespero das vítimas, os bandidos com forte poder de persuasão, em muitos casos, conseguem convencer as vítimas a depositar o dinheiro e se revezam na missão de torturar com ameaças, gritos e choros. Não são raros os bandidos ligarem a cobrar.
Os marginais, durante esse período falam que é proibido falar com qualquer pessoa, polícia ou mesmo deixar de falar no telefone. Em alguns casos obrigam a vítima a não desligar o telefone até que o dinheiro seja depositado numa conta fornecida pelos seqüestradores.
A Polícia Civil alerta que em hipótese nenhuma o seqüestro deve ser pago, pois essa modalidade de crime tem crescido e assustado famílias de todo o país. Esse tipo de golpe é feito por criminosos que estão em presídios de outros estados, que conseguem fazer esses telefonemas usando celulares ou centrais telefônicas instaladas clandestinamente nas unidades.
O delegado titular de São Manuel, José Mário Toniato, diz que o falso sequestro não é nem classificado como crime. Quando a vítima passa acreditar no que o falso sequestrador está dizendo e atende o exigido, pode ser figurado como estelionato, enfoca o delegado.
Toniato ressalta que a população deve estar atenta para não cair no golpe ao receber uma ligação anunciando o falso seqüestro. O correto é desligar imediatamente o telefone e fazer contato com a pessoa que estaria seqüestrada, ensina. Caso não consiga falar com ela, o próximo passo é entrar em contato com a polícia e pedir ajuda, acrescenta.
Foto: Divulgação
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