Mulher é presa com cigarros de maconha na cadeia

Polícia
Mulher é presa com cigarros de maconha na cadeia 16 agosto 2012

Fotos: Valéria Cuter

A Polícia Civil de Botucatu, através de um trabalho desenvolvido pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE), efetuou a prisão de uma mulher chamada Vanessa dos Santos, de 19 anos, que reside em Agudos, tentando entrar com 37 cigarros de maconha ao pátio da Cadeia Pública da Cidade.

Como quinta-feira é dia visita a uma das alas do presídio botucatuense ela trazia consigo uma sacola plástica com 368 cigarros avulsos para um dos detentos. Entretanto, a mulher despertou suspeita na carceragem que acionou a Delegacia de Entorpecentes. Dos 368 cigarros, 37 estavam “recheados” com maconha. Na bolsa da indiciada havia um cigarro de maconha, parcialmente, consumido e uma porção de cocaína, que ela alegou ser para o próprio consumo além de R$ 165,00 em dinheiro.

A maneira com que o cigarro de maconha foi “fabricado artesanalmente” era peculiar. Ela retirou tudo o fumo do cigarro e preencheu a maior parte dele (80%) com maconha bem fina. Para completar os outros 20% era adicionado o fumo e compactado ao ponto de não rasgar o papel. Separando o fumo comum da maconha existia um pedaço de plástico. Outro detalhe: é que os cigarros “especiais” contendo maconha estavam marcados com um pingo de caneta feito próximo ao filtro.

“Isso já vem se tornando habitual, ou seja, as mulheres de presos tentando entrar com droga no pátio e cada vez criam um truque diferente para tentar burlar a vigilância da carceragem. Por isso, temos sempre que estar atentos, pois, seguramente, outras estratégias serão tentadas com o intuito de colocar droga no interior da cadeia”, destacou o delegado titular da DISE, Carlos Antônio Improta Julião Filho, que irá presidir o inquérito policial.

Na delegacia, Vanessa Santos alegou que “não sabia” que havia cigarro de maconha na sacola, mas não revelou quem teria “misturado” os cigarros comuns com os carregados de maconha. “Não sei. Eu ia apenas entregar lá (na cadeia). Meu companheiro está preso e eu vim de Agudos para visitar e acabei me ferrando toda. Agora não adianta reclamar. Fumo maconha e cocaína, mas trabalho para sustentar meu vício”, disse a mulher.

Antes do seu recolhimento ? Cadeia Pública de Itatinga para, posteriormente, ser deslocada até o Centro de Detenção Provisória (CDP) feminino, de Pirajuí, prestou depoimento e acabou enquadrada em crime de tráfico de entorpecentes. Também foi submetida a uma revista pessoal, realizada por uma policial, mas nada foi encontrado. Vários flagrantes já foram feitos de mulheres trazendo droga oculta em suas partes íntimas, o que não foi o caso dessa recente operação.

Compartilhe esta notícia
Oferecimento
Salles institucional
Oferecimento