Um crime de assassinato com requintes de crueldade foi registrado na tarde desta sexta-feira (9), na Rua Professor Solon Paes Caldeira, nº 233, região do Parque dos Comerciários IV, tendo como vítima a repositora de supermercado Deonísia Francisco Cunha, de 41 anos de idade. A mulher foi encontrada morta no sofá da sala de sua casa com ferimentos na região da cabeça (nuca). Os golpes foram aplicados com um objeto duro como pau, ferro ou mesmo pedra.
Consta que, por volta das 10 horas da manhã, Fabriciano Cunha, irmão de Deonísia fez contato telefônico e quem atendeu foi o amásio da mulher, o pedreiro Anderson Caetano de Souza, de 38 anos de idade. Disse que estava tudo bem e que ela não poderia atender ao telefone naquela hora. Ligue mais tarde!, teria dito.
Aproximadamente, duas horas depois a mãe de Deonísia ligou e ninguém atendeu. Ele acionou a filha Dejanira que foi até a casa da irmã e como ninguém atendeu seu chamado acionou os policiais militares Da Silva e Sidnilson, que estouraram o cadeado do portão. Por um buraco no vitrô da sala, perceberam que havia uma pessoa desfalecida no sofá. Eles, então, estouraram o cadeado da porta da cozinha, entraram na casa e perceberam que a mulher estava morta.
Acionado os policiais especializados da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) que iniciaram os trabalhos para apurar o autor do crime. Tudo indica que o assassinato tenha sido cometido por Anderson (Souza), já que ele desapareceu e está sendo procurado, deduziu o delegado Celso Olindo, que ligou para o celular do suspeito. Ele atendeu e revelou que estava na Cidade de Avaré. O delegado relatou que estava na casa Deonísia e pediu que se entregasse em uma delegacia daquela cidade, fato que não ocorreu. Ele também não atendeu mais as ligações que foram feitas. A arma utilizada no crime não foi localizada.
Os familiares relataram que a vida de Deonísia era muito difícil ao lado de Anderson, já que, costumeiramente, acabava agredida por ele. Ninguém da família gostava dele porque era muito violento. Ela vivia com ele há mais ou menos dois anos e sempre foi maltratada. Era ela que, além de ser agredida, sustentava a casa porque ele não gostava de trabalhar e bebia muito. Várias vezes pedimos para que o abandonasse, mas ela não aceitava e agora acontece uma desgraça dessas, lamentou o irmão Fabriciano.
Vale lembrar que pesa contra Anderson Souza um processo que está correndo pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), desde o mês de julho, onde ela pede medida protetiva contra o companheiro para que não se aproximasse dela. Entendendo que a mulher corria risco de morte, o juiz deferiu o pedido para que a medida fosse cumprida, mas nenhum dos dois havia comparecido na delegacia para conhecer a determinação judicial, comentou a delegada Simone Alves Firmino.
Outro detalhe contido no inquérito policial é que Anderson Souza, já havia tirado a vida de um gato de Deonísia. O animal teria sido usado para fazer um trabalho para um terreiro de macumba e os parentes da vítima alegam que era comum ele espalhar velas acessas de diferentes cores pelos cômodos da casa.
{n}{tam:25px}Preso em Penápolis{/tam}{/n}
Com a prisão temporária já decretada pela Justiça, Anderson Souza acabou sendo capturado pela Polícia Militar Rodoviária no Terminal Rodoviário da Cidade de Penápolis, numa operação cunjunta entre a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Polícia Militar, na noite desta sexta-feira. Uma equipe de Botucatu, composta pelos policiais Vitor e Virgílio, viajou para aquela cidade para escoltar o acusado de volta a Botucatu.
De acordo com o delegado Celso Olindo, ao ser preso, ele admitiu ter assassinado a companheira, aplicado golpes contra sua cabeça usando como arma um cabo de marreta.
Fotos: Valéria Cuter
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