Mulher acusada de assassinar marido é absolvida

Polícia
Mulher acusada de assassinar marido é absolvida 23 outubro 2014

Fotos: David Devidé

 

Um julgamento bastante concorrido foi realizado nesta quinta-feira (23) no Tribunal de Júri do Fórum de Botucatu, presidido pelo juiz Marcus Vinicius Bachiega, tendo como representante do Ministério Público o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino.

Sentou-se no banco dos réus Elisabete de Fátima Felix dos Santos, que nos autos do processo foi denunciada como autora do assassinato cometido contra seu marido André Pessoa dos Santos, em 24 de fevereiro de 2009, na casa onde o casal vivia, na Rua Curuzu, região central da Cidade.

Acatando a tese de negativa de autoria defendida pelo advogado criminalista Vitor Deleo, com assistência de Everaldo Cecílio, o Júri Popular formado por cinco mulheres e dois homens, acatou a tese de negativa de autoria e a ré foi inocentada em decisão apertada dos jurados: 4 a 3. Não concordando com a decisão o promotor de Justiça adiantou que irá recorrer da sentença, com a expectativa de que outro julgamento seja agendado.

 

O crime

De acordo com a denúncia contida no processo o casal vivia em desarmonia com discussão, agressões verbais e físicas. No dia dos fatos, depois de mais uma discussão o marido teria apanhado um revólver e apontado contra a cabeça da mulher, já que descobriu que ela tinha um caso extraconjugal. Como o filho começou a chorar ele desistiu do intento, deitou-se na cama, de bruços, e acabou adormecendo.

Ela, então, pegou a arma e disparou quatro tiros contra o marido atingindo suas costas e nuca. Depois do crime a mulher cobriu a arma com um cobertor e jogou na lixeira de uma casa nas proximidades. Retornou para casa e acionou a polícia, assumindo o crime na delegacia e, posteriormente, em juízo.

Porém, ao ser interrogada no julgamento em plenário, ela que estava respondendo ao processo em liberdade, negou a autoria do crime. “Tenho três filhos pra criar e não vou assumir um crime que não cometi”, disse a mulher, antes de ser absolvida. Caso a decisão seja mantida um novo trabalho investigativo deverá ser realizado.

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