10 maio 2025
Criminosos se passaram por uma advogada, enviaram documentos falsos e usaram reconhecimento facial para acessar conta bancária da vítima
Um morador de Botucatu foi vítima de um golpe sofisticado de engenharia social nos últimos dias. O crime, que tem se tornado cada vez mais comum no Brasil, envolveu o uso de um perfil falso no WhatsApp se passando por sua advogada. A fraude é conhecida como o “golpe do falso advogado”, e já fez diversas vítimas no Estado de São Paulo.
Segundo relatos da família, o golpista entrou em contato com o homem por WhatsApp, usando foto de perfil e nome idênticos ao da advogada que o representa em uma causa judicial. O criminoso alegava que a vítima teria ganhado o processo e que uma grande quantia em dinheiro seria transferida para sua conta.
Para convencer o morador, o golpista enviou prints com o número do CPF da vítima e até uma suposta petição inicial do processo, o que aumentou ainda mais a credibilidade da história. Na sequência, pediu os dados bancários e solicitou uma videochamada. A suspeita é de que, durante essa ligação, o criminoso tenha usado a imagem do rosto da vítima para fazer o reconhecimento facial e acessar contas bancárias.
Apesar das tentativas de acesso a várias contas, o golpista conseguiu entrar em apenas uma delas — mas foi o suficiente para causar um prejuízo significativo. O valor não foi divulgado pela família, mas foi classificado como “alto”. Agora, a vítima tenta, junto aos bancos e autoridades, recuperar o montante perdido.
Casos como esse reforçam a importância de verificar cuidadosamente qualquer tipo de contato envolvendo movimentações financeiras, mesmo que aparentemente venha de fontes confiáveis. “É uma tristeza imensa passar por isso. É preciso alertar outras pessoas para que ninguém mais caia nesse tipo de armadilha”, declarou um familiar.
A orientação dos especialistas em segurança digital é clara: nunca repasse informações pessoais ou bancárias por mensagens e desconfie de qualquer pedido inesperado envolvendo dinheiro, mesmo que o contato pareça legítimo. Em caso de suspeita, a recomendação é ligar diretamente para a pessoa, utilizando um número conhecido e confiável.
A Polícia Civil de Botucatu investiga o caso.
Compartilhe esta notícia
