Júri absolve homem que desferiu 26 facadas em amante

Polícia
Júri absolve homem que desferiu 26 facadas em amante 17 julho 2014

Fotos: David Devidé / Valéria Cuter

 

Na quinta-feira (17) o presidente do Tribunal de Júri de Botucatu, juiz Marcus Vinicius Bachiega presidiu o trabalho do julgamento do réu Jean Henrique Helsinque da Silva, de 21 anos de idade, denunciado pela Promotoria Pública como autor de 26 facadas aplicadas contra sua namorada de 47 anos (na ocasião) chamada Cleonice Aparecida Feliz Prado, no dia 9 de setembro de 2011.

Mulher foi localizada pelos policiais militares Gilberto e Márcio na estrada que dá acesso ao Bairro de Toledo que fica às margens da SP-300 Rodovia Marechal Rondon, entre os municípios de Botucatu e São Manuel. Embora consciente, estava muito ferida com várias perfurações pelo corpo. O esclarecimento e a reconstituição do crime foram coordenados pela delegada Simone Alves Firmino Tuono, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

Depois das versões apresentadas em plenário pelo promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino e o advogado Ulisses Alfredo Campos, tendo na assistência Sabrina Beatriz Monteiro Campos, que pediu a desclassificação do homicídio tentado para lesão corporal dolosa grave.

O Conselho de Sentença (jurados) formado por sete pessoas da sociedade botucatuense (quatro mulheres e três homens), acatou a defensoria e o réu foi absolvido do crime ficando em regime de sursis (medida que visa reeducar criminosos, impedindo que os condenados a penas reduzidas sejam privados de sua liberdade) por dois anos.

 

O crime

Na versão da mulher, que esteve presente no julgamento, o ex-namorado que trabalhava como lavrador era possessivo e ciumento, queria “exclusividade” sobre ela e não aceitou o fim do relacionamento. Depois de uma discussão passou a agredi-la com facadas pelo corpo atingindo o abdome, pernas, mãos, braços e costas. Ela foi conduzida até o Pronto Socorro (PS) do Hospital das Clínicas (HC) e permaneceu internada por vários dias.

Já Jean Silva, deu uma versão diferente. Disse que Cleonice era garota de programa e mantinha com ela um relacionamento amoroso. No dia dos fatos teria apanhado a mulher em Aparecida de São Manuel e estava vindo para Botucatu em uma motocicleta. Para não pagar o pedágio entrou na estrada de Toledo cercada por uma área de pasto. Passaram a discutir em razão de Jean estar querendo terminar o relacionamento,  mas a mulher não aceitava a separação.

Na estrada ela teria tirado uma faca da bolsa e tentou esfaqueá-lo. Disse que entrou em luta corporal com a mulher, tomou a arma de sua mão e passou a golpeá-la por várias vezes. Depois, deixou a mulher sangrando na estrada, jogando a faca no mato. Voltou para sua casa onde revelou o ocorrido para sua mãe e esta teria telefonado à polícia para que a mulher fosse socorrida. Ele deixou na cena do crime o capacete e o telefone celular.

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